De gerações e estilos diferentes, Sánchez e Igor Gomes são os armadores do clássico

Publicado em 16 nov 2019, às 00h00.

Neste sábado, Santos e São Paulo se enfrentam na Vila Belmiro, às 17h, em partida válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Vivendo momentos opostos na competição, as duas equipes contam com jogadores fundamentais para a armação e funcionamento do meio-campo: Carlos Sánchez e Igor Gomes.

Apesar de terem funções semelhantes em seus respectivos times, os jogadores são de gerações distintas, já que 14 anos separam-nos. Enquanto Sánchez colabora com sua experiência acumulada internacionalmente, Igor Gomes provê grande parte da vitalidade do meio-campo do Tricolor.

Sánchez é o artilheiro do Santos na temporada, com 15 gols marcados (Foto: Ivan Storti/Santos)

Aos 34 anos, O uruguaio é uma das engrenagens mais importantes do Peixe. O jogador é o segundo do elenco que mais vezes esteve em campo na atual temporada, perdendo apenas para Pituca, que jogou 52 vezes. Sánchez atuou em 51 partidas, tendo marcado 15 gols em 2019, sendo o artilheiro do time no ano, além de nove assistências.

O meio-campista já demonstrou capacidade de atuar em diversas posições. Além de ser o típico interior no 4-3-3 armado por Sampaoli, Sánchez também já foi posicionado como meia e armador e também aberto pela direita. Além da versatilidade, o jogador é fundamental para o Peixe por conta de sua qualidade na bola parada, sendo o responsável por bater a maioria das faltas e escanteios do time.

Como é de praxe, Sampaoli aplicou a estratégia de rodízio no elenco e Sánchez acabou indo para o banco de reservas em algumas partidas, gerando insatisfação por parte da torcida. Contra o Corinthians, por exemplo, o uruguaio sequer entrou na segunda etapa. No entanto, o meia voltou a ganhar protagonismo nos quatro jogos do Peixe, quando foi titular e atuou por 90 minutos.

Quatorze anos mais novo que Sánchez, Igor Gomes vive momento de ascensão no São Paulo, apesar da temporada decepcionante do clube do Morumbi. O jovem meio-campista formado em Cotia ganhou espaço na reta final do Campeonato Paulista, mas jogou pouco com Cuca até a chegada de Fernando Diniz.

(Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

Sob novo comando, o camisa 26 passou a ser mais utilizado e com o tempo ganhou espaço fixo no time titular. Igor assumiu o papel mais avançado do meio-campo, no esquema 4-3-3 de Diniz, sendo o jogador mais agudo da faixa central, que liga a articulação feita pelos dois volantes com a linha de ataque.

O meia jogou nas últimas nove partidas do Tricolor, sendo as últimas quatro como titular. No período, foram dois gols, contra o Fortaleza e Atlético-MG, e uma assistência, também contra o Galo. “Temos que ganhar o clássico, não há outro resultado que podemos pensar. Independentemente de tudo o que acontece, temos que esquecer e focar no que vem pela frente”, disse o jovem em entrevista realizada durante a semana.

No momento, o Santos é o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro, com 64 pontos conquistados. Enquanto isso, o São Paulo está na quinta posição da competição, com 52 pontos somados.