Em confronto direto entre dois times que lutam para deixar a parte de baixo da tabela, o CSA venceu o Fluminense por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o primeiro triunfo do time alagoano atuando fora de casa nesta edição da competição. E o resultado colocou a equipe carioca na zona de rebaixamento, na qual ocupa o 17º lugar, com 12 pontos.
O CSA, que também marcou o seu primeiro gol como visitante neste Brasileirão, chegou aos 11 pontos, em 18º lugar, e encostou no próprio Flu. Os dois times, porém, poderão ser ultrapassados ainda neste domingo pela Chapecoense, que tem 10 pontos e enfrenta o Avaí às 19 horas, em Chapecó, no confronto que fechará esta rodada.
Com a derrota sofrida no Maracanã, não está descartada a possibilidade de demissão do técnico Fernando Diniz, cada vez mais pressionado com o fraco desempenho do time no torneio nacional. Ele foi alvo de críticas da torcida da equipe durante o confronto e depois do jogo, em entrevista coletiva, qualificou os protestos como “legítimos”.
Paulo Henrique Ganso, porém, saiu em defesa do comandante após o jogo e encarou com naturalidade as críticas. “Não acredito que seja problema de treinador. A gente teve a maior parte do tempo na área do adversário. O que a gente precisa mesmo é caprichar mais (nas finalizações). Não tem muito o que falar. A torcida tem que cobrar mesmo. Temos de trabalhar mais”, disse o jogador, à TV Globo.
No duelo deste domingo, o Fluminense dominou as ações no primeiro tempo, mas parou no goleiro Jordi. Com postura bastante ofensiva e troca de passes envolventes, o time carioca quase abriu o placar aos 19 minutos. Ganso encontrou Yony González, que passou pela marcação e finalizou em cima do goleiro do CSA.
Não demorou e aos 25 o Fluminense perdeu nova chance de gol. Jordi saiu jogando errado e Allan invadiu a área. Contudo, finalizou mal, em cima do camisa 1 do time alagoano. Mais um lance incrível desperdiçado pelos donos da casa. No final do primeiro tempo, aos 41, Ganso carregou bola e tocou para Daniel. O meia trouxe a bola para o pé direito e chutou colocado no canto esquerdo. Jordi, sem sustos, defendeu e manteve o placar sem gols.
No segundo tempo o Fluminense seguiu pressionando, mas pecava nas finalizações. Num dos lances ofensivos, aos 26 minutos, Brenner cruzou rasteiro da esquerda e encontrou Ganso, que invadiu a área finalizando de primeira por cima do travessão.
E como diz o ditado: que não faz, toma. Aos 33 minutos, Ricardo Bueno ganhou dividida pelo alto e cruzou na área. Jean Cléber ajeitou para Jonatan Gomez, que finalizou no canto esquerdo do goleiro Muriel. Uma ducha de água fria no time carioca, que até então já havia finalizado mais de 25 vezes ao gol.
No final do jogo o Fluminense foi para o tudo ou nada com jogadas pelo alto, mas o CSA segurou o resultado até o apito final. Alívio dos alagoanos na luta contra o descenso.
Como o duelo contra o Palmeiras pela próxima rodada foi adiado, o Fluminense voltará a campo pelo Brasileirão apenas no dia 2 de setembro, quando receberá o Avaí, às 20 horas, no Maracanã. Antes disso, porém, o time carioca enfrentará o Corinthians duas vezes consecutivas pelo duelo de ida e volta das quartas de final da Copa Sul-Americana.
O primeiro jogo deste mata-mata será disputado na próxima quinta-feira, às 21h30, em São Paulo, e a volta no dia 29, também às 21h30, no Rio. O CSA, por sua vez, voltará a campo no próximo domingo para enfrentar o Cruzeiro, às 19 horas, no Rei Pelé, em Maceió.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 0 X 1 CSA
FLUMINENSE – Muriel; Igor Julião (Miguel), Nino, Yuri Lima e Caio Henrique; Allan, Daniel (Brenner) e Ganso; Yony González, João Pedro (Wellington Nem) e Marcos Paulo. Técnico: Fernando Diniz.
CSA – Jordi; Apodi (Jean Cléber), Allan Costa, Luciano Castán e Carlinhos; Dawhan, João Vitor, Naldo e Jonatan Gomez; Maranhão (Bustamante) e Alecsandro (Ricardo Bueno). Técnico: Argel Fucks.
GOL – Jonatan Gomez, aos 33 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Wagner Reway (PB).
CARTÕES AMARELOS – Yuri Lima (Fluminense); Jonatan Gomez (CSA).
RENDA – R$ 709.425,00.
PÚBLICO – 22.963 pagantes (25.049 ao total).
LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio.