Na Copa do Brasil, Atlético-MG tem a chance de fazer de 2021 o maior ano da história

Publicado em 11 dez 2021, às 20h10. Atualizado às 20h11.

Atlético Mineiro e Athletico Paranaense começam a se enfrentar pela final da Copa do Brasil neste domingo (12), às 17h30 no Mineirão, em Belo Horizonte. As duas equipes já conquistaram troféus durante a temporada e a conquista do torneio mata-mata pode fazer de 2021 o maior ano da história de uma das equipes.

É o caso do Galo, que conquistou o bicampeonato brasileiro neste ano e encerrou um jejum de 50 anos, o maior dentre os campeões do Brasileirão. Primeiro e atual campeão do Campeonato Brasileiro, os comandados de Cuca agora têm a oportunidade de uma nova conquista e um novo bicampeonato.

O RIC Mais fez uma análise de como vem o Atlético-MG para as finais, que acontecem em Belo Horizonte e em Curitiba. Confira na sequência.

Campanha

Campeão da Copa do Brasil em 2014, o Atlético-MG faz uma campanha quase perfeita na competição deste ano. O Galo entrou na terceira fase e eliminou até chegar a decisão: Remo, Bahia, Fluminense e Fortaleza. Em oito jogos, foram sete vitórias e apenas uma derrota, com 16 gols marcados e cinco sofridos.

O atacante Hulk, de 35 anos, foi uma das grandes contratações do clube, que recebeu grandes investimentos nos últimos anos. Artilheiro do Campeonato Brasileiro, também é o da Copa do Brasil, com seis gols marcados. Mas o jogador não é o único destaque no time rodeado de estrelas: há de se considerar, também, o companheiro de ataque, o brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, os meias estrangeiros Zaracho e Nacho Fernández e o lateral esquerdo Guilherme Arana, que vem sendo figura constante nas convocações do técnico Tite para a Seleção Brasileira.

Atacante Hulk comemora gol marcado em partida do Atlético-MG

Fim do jejum no Brasileiro deixa o time “leve” para a decisão

O jejum encerrado após 50 anos acabou com as provocações dos rivais locais e nacionais sobre o então título único do Galo pelo Brasileirão. Em Minas Gerais, a torcida do Cruzeiro, que irá disputar em 2022 a terceira temporada seguida na Série B do Campeonato Brasileiro, sempre colocou as conquistas múltiplas da Raposa, como Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil, como argumento para destacar o protagonismo celeste contra o Galo.

Porém, apesar de todo o tabu, a conquista do Brasileirão pela segunda vez e o bicampeonato tão sonhado pela torcida atleticana colocam o time com a sensação de dever cumprido nesta temporada. Portanto, não há a história de pressão de conquistar a Copa do Brasil para salvar o ano. Esse fator não entrará em campo, assim como não entrou no Brasileirão, destacando a experiência do elenco do clube mineiro.

Com “leveza” na decisão, o Galo busca por mais. O fim de outro título único em uma mesma temporada pode colocar 2021 como o melhor ano da história do Atlético-MG, no nível técnico do elenco e na quantidade de conquistas relevantes. O último clube a conquistar o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil no mesmo ano foi justamente o Cruzeiro, em 2003.

Curitibano entre os maiores do Galo

O curitibano Cuca, de 58 anos, faz história mais uma vez como um dos maiores técnicos da história do Galo, para não dizer o maior. Em 2013, estava à beira do gramado na campanha que levou o Atlético-MG ao título da Libertadores e levou a equipe ao inédito Mundial de Clubes, ficando na terceira colocação.

Cuca tem família em Curitiba e nunca escondeu que a família inteira torce para o Athletico, rival do Galo na decisão da Copa do Brasil. Com o coração dividido, Cuca enaltece também o seu trabalho como profissional, além da oportunidade de ser o maior técnico do Galo, conquistando estadual, Brasileirão, Libertadores e uma possível Copa do Brasil.

Cuca
Cuca durante a Libertadores deste ano. (Foto: Bruna Prado/AFP)

Favorito?

Ao considerar a campanha e o elenco do Atlético-MG, a equipe mineira pode ser considerada sim como favorita ao título da Copa do Brasil. A sólida campanha no Campeonato Brasileiro provou isso, porém, em mata-mata a situação muda e erros podem ser cruciais no resultado agregado.

Na Libertadores, por exemplo, o Galo fez o mais difícil: jogou bem contra o Palmeiras no Allianz Parque, mas não conseguiu fazer o resultado. No Mineirão, viu a estratégia de Abel Ferreira ser melhor que a de Cuca, conseguindo o resultado que tirou o Atlético da decisão.

O Atlético-MG deve entrar em campo diante da sua torcida com a responsabilidade de tentar resolver ou encaminhar a decisão do título, assim como fez na semifinal da Copa do Brasil contra o Fortaleza: goleou a equipe nordestina por 4 a 0.

O jogo da ida da decisão da Copa do Brasil terá transmissão do RIC Mais no YouTube, em parceria com a Rádio Triboleiros. A narração será de Raul Novakowski, com comentários de Matheus Afonso e reportagens de Andressa Fernandes.