A condição de líder do Campeonato Brasileiro não está ameaçada nesta 15ª rodada, mas o Santos não quer perder “gordura”. Com esse pensamento, após o fim da série de sete vitórias com a derrota da semana passada no clássico contra o São Paulo, Jorge Sampaoli vai reencontrar neste domingo, às 16 horas, no Mineirão, um dos seus aprendizes: o técnico Rogério Ceni, que em outubro de 2016 fez estágio com o argentino no Sevilla e agora realizará a sua estreia à frente do Cruzeiro.

Mais do que isso, o time de Sampaoli é um espelho para Ceni, que aprecia a agressividade das equipes do treinador santista e a busca por envolver os adversários com toques rápidos e valorização da posse de bola. É também o que o argentino espera ver novamente na sua equipe após uma atuação que ele considerou abaixo do nível desejado por ele na última semana.

“Conheci o Rogério nos treinamentos no Sevilla. É um treinador que vem com ideias novas e boas intenções. Feliz em poder enfrentar ele agora. É um personagem que tem claras convicções e é um grande profissional. Espero que a gente faça um bom jogo”, relembra Sampaoli.

Líder do Brasileirão desde a 12ª rodada, o Santos estará novamente modificado para o duelo com o Cruzeiro. No Mineirão, o time voltará ao esquema de dois zagueiros, pois o colombiano Aguilar está suspenso, o que vai abrir caminho para a volta do capitão Victor Ferraz à lateral direita.

Porém, o bom desempenho nos compromissos mais recentes e o fato de o time só estar atuando em uma competição neste momento da temporada, com duelos apenas aos finais de semana, estão levando Sampaoli a rodar menos o elenco do que no primeiro semestre.

Assim, exceto pela mudança forçada no sistema defensivo, o treinador deverá repetir a base dos compromissos recentes, que colocaram o Santos na liderança do Brasileirão. E isso inclui o trio ofensivo formado por Eduardo Sasha, Soteldo e Derlis González.

Além da ausência de Aguilar, o Santos também não vai contar novamente com Cueva, que perdeu boa parte dos treinos da semana para acompanhar o estado de saúde da sua filha, que nasceu prematura. Além disso, a diretoria está interessada em negociá-lo por causa das atuações apagadas desde a sua contratação.

O plano santista também é ampliar a melhor campanha do Brasileirão como visitante, com quatro vitórias e 13 pontos somados em sete jogos longe de casa. E isso parece ser ainda mais importante após uma semana em que o clube exibiu problemas extracampo, com a insatisfação de Jean Mota pela condição de reserva e o desentendimento de Sampaoli com o presidente José Carlos Peres. “Mais do que a obrigação de ganhar, temos que defender esse lugar que nos custou muito”, disse o treinador argentino.