O presidente do Atlético-MG, Sette Câmara, comentou sobre a polêmica negociação com o meia Thiago Neves, motivo de grande revolta por parte da torcida.

“Foi um equívoco que eu consegui desarmar antes que acontecesse algo pior. Eu fico chateado porque não havia nada assinado. Toda vez que se faz a sondagem de um atleta, é uma coisa que vai evoluindo. Mas isso está muito longe de significar que houve um contrato entre atleta e clube. Houve apenas tratativas que não frutificaram”, afirmou em entrevista ao o programa Bastidores, da Rádio Itatiaia.

Por esse motivo, o mandatário ressaltou que não se preocupa com a notificação judicial do jogador, solicitando R$ 20 milhões de multa por não ter firmado o contrato.

“Ele não entrou com nenhuma ação. Ele entrou com uma notificação. Já fizemos a resposta. Entendemos que não houve contrato. Foi uma coisa realmente estrondosa a rejeição. Na minha opinião, ele não tem ambiente na cidade, poderia acontecer algo com ele e a família. Ele devia, a ele mesmo, depois de tudo, dizer que não queria continuar conversando sobre a oportunidade de vir pra cá. Estamos muito tranquilos. Se ele vier a entrar com a ação, estaremos preparados para fazer a defesa e buscar a reparação de dano. Se pedir R$ 20 milhões, o Thiago Neves vai passar a dever a quantia de R$ 2 milhões para o clube”, ressaltou Câmara.

A notícia de que Thiago Neves poderia vestir a camisa do Atlético-MG gerou revolta em torcedores, que relembraram as diversas provocações que o jogador fez ao clube enquanto defendia o rival Cruzeiro. A repercussão negativa também se deve ao desempenho do meia nos últimos anos, participando do rebaixamento da Raposa e, em seguida, tendo uma passagem apagada pelo Grêmio.

Outros membros da diretoria do Galo já haviam se retratado publicamente sobre o caso, como Alexandre Mattos, diretor de futebol, que se desculpou pela procura, e disse que o atleta era um pedido de Jorge Sampaoli que se encaixava nas condições financeiras do clube.