Bruno Pivetti avalia passagem pelo Vitória e torce por boa temporada do clube
Nesta quarta-feira, o convidado da live da Gazeta Esportiva no Instagram foi o técnico Bruno Pivetti, que há pouco tempo estava a frente do Vitória. O treinador é conhecido por ser um grande estudioso do futebol, tendo publicado recentemente um livro sobre periodização tática. Durante a entrevista, contou como foi comandar uma equipe profissional.
“Foi uma experiência muito interessante. Não tem muita diferença do trabalho que eu fazia como auxiliar técnico. Claro que existe um respeito hierárquico com a figura principal do processo, que é o treinador. Mas eu sempre fui um auxiliar muito atuante. Então acaba sendo um gerenciamento conjunto. Nessa questão eu não senti maiores dificuldades”.
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O jovem treinador de 36 anos ficou no comando após a demissão de Geninho, muito por conta dos cortes de gastos do clube baiano durante a pandemia. A princípio, seu trabalho em Salvador era com as categorias de base e para dar um padrão mais organizado ao Rubro-Negro.
“O trabalho no Vitória não era só pautado para a primeira equipe. Eu cheguei no ano passado para assumir a coordenação técnica das categorias de base, bem como o trabalho de auxiliar técnico no profissional e para implementar uma filosofia de treino em todas as categorias para facilitar a transição de jogadores entre elas. Assim o clube poderia usar os atletas da base, que sempre foi a essência do Esporte Clube Vitória. E creio que nesta parte nós fomos muito bem. Infelizmente fomos muito atrapalhados pela pandemia”.
Foto: Divulgação/Vitória
Na opinião de Pivetti, o que mais pesou para que a equipe não conseguisse manter o nível foi o calendário. Como disputava o estadual com o subb-23 e a Copa do Nordeste com o time principal, o Vitória acabava jogando três vezes ou quatro vezes por semana, tornando a recuperação ainda mais difícil do que o normal.
“Quando voltamos a competir, chegamos numa situação que eu nunca havia vivenciado na carreira, que era jogar na quarta, quinta, sábado e domingo, pelo estadual e Copa do Nordeste. Então essa oscilação de desempenho é natural. Se você tem uma oscilação de desempenho, também vai ter de resultado. Infelizmente nos meus últimos jogos nós oscilamos para baixo. Mas tenho plenas convicções de que se o trabalho continuasse nós conseguiríamos bons resultados. Eu estava com o grupo há muito tempo e acho que poderíamos dar a volta por cima. Sou amigo do Barroca e fiquei feliz que ele assumiu, tem uma filosofia parecida com a minha. Fico na torcida para que o clube possa se restabelecer e fazer uma boa campanha na Série B”.