Após classificação, Athletico chega à nona final em competições nacionais e internacionais neste século
O Athletico Paranaense venceu o Peñarol na noite de quinta-feira (30) pelo placar de 2 a 0, obtendo uma vantagem de 4 a 1 no placar agregado, e irá jogar a final da Copa Sul-Americana contra o Red Bull Bragantino no dia 20 de novembro no Estádio Centenário, em Montevidéu. Com a classificação, o rubro-negro paranaense chega à nona decisão em competições nacionais e internacionais neste século.
Em oito finais disputadas até aqui no século XXI, o Athletico tem um retrospecto de quatro títulos e quatro vice-campeonatos. O Furacão jogou as finais das seguintes competições: Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil (duas vezes) e Sul-Americana (chegando à segunda). Por causa dos títulos da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, o rubro-negro paranaense ainda jogou outras decisões: Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e J. League YBC Levain Cup/Conmebol Sul-Americana. Relembre as decisões do Furacão nos últimos 20 anos.
2001: final contra o São Caetano e título em SP
Logo no início do novo milênio, o Furacão conquistou o primeiro e único título do Campeonato Brasileiro, no dia 23 de dezembro 2001. Em decisão contra o São Caetano, o Athletico venceu a finalíssima por 1 a 0 na Grande São Paulo com gol de Alex Mineiro. O jogo de ida, na Arena da Baixada, já havia sido vencido pelo rubro-negro pelo placar de 4 a 2.
2005: Libertadores sem a Baixada
Quatro anos depois, um revés que ficou marcado pelas polêmicas e pela relação conturbada entre as diretorias de Athletico e São Paulo. As duas equipes haviam chegado na decisão da Libertadores, maior competição da América do Sul, fazendo a até então inédita final entre duas equipes do mesmo país. Entretanto, o clube paulista e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não aceitaram que a partida de mando do Athletico fosse realizada na Arena da Baixada por não ter a capacidade máxima permitida, de 40 mil pessoas. Naquela época, o estádio rubro-negro tinha capacidade aproximada em 25 mil lugares.
Sem a Baixada, o Athletico tentou jogar no Couto Pereira, mas o pedido foi negado pela então diretoria do Coritiba, clube rival que é dono do estádio. Sem opções na capital paranaense, a alternativa foi levar o primeiro jogo da decisão, com mando do Furacão, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. No jogo, o Athletico chegou a abrir o placar com gol de Aloísio no primeiro tempo, mas sofreu o empate na etapa final em gol contra marcado pelo zagueiro Durval.
Com o título em aberto, o jogo da volta aconteceu no Morumbi e a vitória foi são-paulina pelo placar de 4 a 0. A goleada teve como autores Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli. Na memória do torcedor athleticano, fica ainda o pênalti perdido pelo meia rubro-negro Fabrício, no primeiro tempo, quando a partida ainda estava em 1 a 0 para o São Paulo. Em caso de acerto na cobrança, a decisão voltaria a estar empatada e em aberto.
2013: final na Vila Capanema
Na temporada de 2013, o Athletico mandou seus jogos na Vila Capanema por conta da reforma da Arena da Baixada para a Copa 2014. Mesmo sem o caldeirão, a torcida rubro-negra pôde presenciar uma decisão no estádio do Paraná Clube. A Copa do Brasil daquele ano havia sido a primeira com um novo regulamento, que estendia a competição até o final do ano e permitia a entrada dos clubes brasileiros que disputavam a Libertadores – o que permanece até os dias atuais. Na final, Athletico e Flamengo se enfrentaram com o jogo da ida em Curitiba e o da volta no Rio de Janeiro.
O Furacão abriu o placar com gol de Marcelo Cirino na Vila Capanema. Sofreu o empate na sequência com gol de Amaral. No Maracanã, com a vantagem do gol fora de casa como critério de desempate, o Flamengo venceu sem sustos pelo placar de 2 a 0, com gols de Elias e Hernane.
2018: a Sul-Americana virou rubro-negra
Em 2018, uma nova decisão internacional, dessa vez pela Copa Sul-Americana. No dia 12 de dezembro de 2018, na Arena da Baixada, Athletico e Junior, da Colômbia, se enfrentaram após um empate em Barranquilla, no jogo da ida. Com recorde de público athleticano, 40 mil pessoas presenciaram o gol de Pablo no primeiro tempo, o empate de Teo Gutierrez, no segundo, o pênalti perdido por Barrera, da equipe colombiana na prorrogação, o “quase-gol” do título de Renan Lodi e a bomba de Thiago Heleno que deu o primeiro título internacional ao Furacão.
2019: Recopa contra o River Plate
Por ter conquistado a taça, a equipe também disputou a Recopa Sul-Americana de 2019, duelo em dois jogos contra o campeão da Libertadores. Na ocasião, Athletico e River Plate fizeram o mata-mata. Na Arena da Baixada, deu Furacão, que venceu por 1 a 0 com gol marcado por Marco Rúben. No Monumental de Nuñez, um empate sem gols no primeiro tempo dava o título à equipe paranaense. Mas os argentinos igualaram o marcador no agregado na primeira metade da etapa final, que levava o jogo para a prorrogação. Mesmo assim, o River conseguiu marcar dois gols nos acréscimos após pressionar a defesa athleticana. Final de jogo: 3 a 0 para o River Plate e o título ficou para a Argentina.
2019: título no Japão
O título da Sul-Americana credenciou o Athletico a jogar uma nova decisão internacional, no Japão, em 7 de agosto de 2019. A J. League YBC Levain Cup/Conmebol Sul-Americana é uma decisão única entre os campeões da sul-americana e da copa japonesa. O Furacão enfrentou o Shonan Bellmare e goleou por 4 a 0, com gols marcados por Braian Romero, Marcelo Cirino, Rony e Thonny Anderson.
2019: campeão da Copa do Brasil com direito a golaço no último lance
Ainda em 2019, o Athletico volta a disputar uma final de Copa do Brasil, e dessa vez vence. Após passar por Fortaleza, Flamengo e Grêmio, a decisão foi contra o Internacional. O jogo da ida foi em Curitiba, na Baixada, e o rubro-negro fez vantagem com gol de Bruno Guimarães. Na decisão em Porto Alegre, no dia 18 de setembro de 2019, nova vitória athleticana sobre a equipe gaúcha. Desta vez por 2 a 1, com Léo Cittadini abrindo o placar no primeiro tempo, mas com o empate do uruguaio Nico López na sequência. O empate já dava o título ao Athletico, mas no último lance da partida, o triunfo rubro-negro veio após jogada iniciada por Marcelo Cirino, que passa por entre as pernas de Wellington Silva e toca para Rony fazer o gol da Copa do Brasil 2019. O “lance do Cirino” virou até tatuagem e quadro na casa de alguns rubro-negros.
2020: a volta da Supercopa
O título inédito da Copa do Brasil para o futebol paranaense credenciou o Athletico a jogar outra final. Era o retorno da Supercopa do Brasil, final única organizada pela CBF, que reúne em jogo único os campeões brasileiro e da Copa do Brasil. O Flamengo, campeão brasileiro de 2019, enfrentou o Athletico em fevereiro de 2020 e venceu por 3 a 0. A decisão aconteceu no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, com um elenco do Furacão bastante diferente daquele que havia sido campeão meses antes.
2021: final em jogo único no Uruguai
Um ano e meio depois, o Athletico volta a disputar uma taça internacional. A decisão da Copa Sul-Americana contra o Red Bull Bragantino, a primeira brasileira da história da competição, será num sábado, 20 de novembro. O campeão do torneio ganhará uma premiação total de aproximadamente R$ 36 milhões.