Apresentado, Sampaoli diz que Atlético-MG pode mais: “Muita luta, pouco jogo”

Publicado em 9 mar 2020, às 00h00.

O Atlético-MG está de técnico novo. Anunciado no dia 1º de março, Jorge Sampaoli foi apresentado oficialmente como treinador do clube mineiro nesta segunda-feira, na Cidade do Galo. O argentino tinha recebido o convite para treinar o Alvinegro no início do ano, mas só aceitou o desafio na segunda proposta, feita após a demissão de Rafael Dudamel. O comandante explicou a razão pela qual aceitou a nova oferta.

“Quando terminou o Brasileirão com o Santos, tive a oportunidade de conversar com times brasileiros e de outros lugares do mundo. A exigência do ano passado foi bem dura para mim e, naquele momento, eu não fiquei entusiasmado com as propostas, achei que o melhor não era aceitar. Depois, o Atlético conversou de novo e agora estava mais preparado para assumir uma instituição tão grande, que está muito machucada. Naquela época eu não me sentia capaz, agora sim”, afirmou Sampaoli.

Jorge Sampaoli foi apresentado oficialmente no Atlético-MG (Foto: Divulgação/Bruno Cantini)

Conhecido por ter equipes de grande poder ofensivo e bastante posse de bola, Jorge Sampaoli falou que vai continuar com seu estilo ofensivo e acredita que o Atlético pode produzir mais do que vem apresentando em 2020.

“Quando recebemos a segunda ligação do clube, já pensamos na possibilidade de estar aqui e avaliamos muito as caraterísticas dos jogadores do Galo. Há uma diferença do que se pode apresentar e do que está apresentando. Precisamos impor uma cultura de jogo em que atacamos o tempo todo, não importa a equipe adversária, o estádio, que o Atlético jogue sempre com entusiasmo. Vi no clássico muito nervosismo, muita luta e pouco jogo”, comentou.

Por fim, Sampaoli relatou quais devem ser suas primeiras ações como treinador do Atlético-MG. O técnico de 59 anos vai analisar o elenco do Galo para saber quais peças vai utilizar, além de motivar os atletas para a disputa do Campeonato Mineiro e do Campeonato Brasileiro, já que o Alvinegro foi eliminado da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.

“Primeiro teremos que convencer e entusiasmar a todos que estão aqui, para que eles possam levar adiante um processo que tenha êxito. Creio que temos um processo analítico importante, em que a gente faça um diagnóstico de quem pode e quem não pode nos ajudar. Quem não puder, talvez a gente tenha que substituir. Temos a exigência, minha com os dirigentes, com o presidente, de mostrar o que está faltando, para ter um time que realmente anime o torcedor, e não ao contrário”, concluiu.