“Agressão gratuita”, diz segurança vítima de racismo de torcedor do Atlético-MG
O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, no último domingo, no Mineirão, acabou em 0 a 0 dentro do gramado, mas com um saldo negativo fora dele: episódios de violência entre as torcidas e racismo contra um dos seguranças marcaram o confronto.
O segurança Fábio Coutinho, de 42 anos, recebeu uma cusparada no rosto e foi vítima de injúria racial de um torcedor do Galo. O profissional ainda não fez boletim de ocorrência e disse que não reagiu para não complicar ainda mais a situação já tensa no estádio
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Ele e outros seguranças estavam impedindo a passagem de torcedores atleticanos por um corredor, em jogo com mando cruzeirense. Nesse momento, alguns torcedores se exaltaram e um deles disse “olha a sua cor”, referindo-se a Fábio Coutinho.
“Não revidei porque poderia piorar a situação. Tinha que ter tranquilidade, porque hoje a imprensa poderia estar noticiando que segurança agride torcedor. Poderia perder o emprego se eu não tivesse sangue frio. Hoje (segunda) devo fazer boletim de ocorrência, até para que casos como esse não voltem a acontecer”, finalizou ao site.
Dentro de campo, o Cruzeiro perdeu muitas oportunidades diante do Atlético-MG, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, e o superclássico mineiro acabou em 0 a 0. O resultado não foi interessante para nenhuma das equipes, visto que a Celeste tem 35 pontos somados, a apenas dois do Botafogo, o primeiro da zona de rebaixamento, enquanto o Galo tem 40 e é o décimo colocado.