O Corinthians garantiu sua vaga direta à fase de grupos da Copa Libertadores da América com o empate por 1 a 1 diante do Grêmio, neste domingo.
Mesmo assim, Sylvinho quer mais. Em entrevista coletiva, o técnico avisou que vai com o que tem de melhor para a última rodada do Campeonato Brasileiro, quinta-feira que vem, contra o Juventude, na Serra Gaúcha.
“Falta um jogo importante, estou avisando o grupo que vai acabar dia 9 de dezembro, porque é muito apertado, não tem férias, em absoluto, nem entro na questão. Entro na questão que amanhã tem treino”.
O técnico, apesar dos questionamentos, evitou falar sobre a próxima temporada e também se recusou a fazer uma avaliação do trabalho que foi feito até aqui. Sylvinho só não escondeu a vontade de permanecer. Ele tem contrato até o fim de 2022, sem multa em caso de rescisão.
“Eu não tenho condições de falar do calendário de 2022. O que posso falar é que estou bastante feliz no clube, um trabalho muito leal, forte, alinhado com a diretoria, com a presidência, que são muito presentes. Todos os dias, praticamente, às 8h estamos ali, às 19h saímos. Temos um ambiente muito bom, de maneira que os resultados são favoráveis, números bem expressivos, mas que vamos comentar para frente. Feliz até o momento. Uma situação só: quarto, quinto, tem diferença, e queremos, sim. Já que há possibilidade de buscar o G4, queremos buscar o objetivo”.
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O que faltou para o Corinthians
“Dois aspectos: técnico, assim como os atletas, que são profissionais, e nós, que montamos, sabíamos da dificuldade do jogo. Discordo desse “Grêmio jogado”. Não, recentemente fez um grande jogo, veio jogar suas possibilidades, sabíamos da dificuldade, respeitamos os atletas e as camisas. Óbvio que é bonito ver o entretenimento que se tem fora, nosso torcedor enchendo o estádio, mas sabíamos da dificuldade do jogo.
“Tivemos um primeiro tempo difícil, marcação individual, tivemos poucas saídas. Segundo tempo melhor, saíamos para buscar o empate e, no final, até o da vitória. Um jogo muito difícil, objetivos aflorados, muito complicado, nós jogávamos uma passagem à direta à Liberdades, o Grêmio, com sua grandeza, está numa situação ali embaixo, é alto nível do outro lado, nós esperávamos uma situação difícil”.
Avaliação do trabalho
“Mais acertos que erros, devidamente, se não estaríamos na posição que estamos. O campeonato não acabou, não consigo fazer uma avaliação do trabalho. Falta um jogo importante, estou avisando o grupo que vai acabar dia 9 de dezembro, porque é muito apertado, não tem férias, em absoluto, nem entro na questão. Entro na questão que amanhã tem treino. Avaliação, não tem condição de fazer. Atlético-GO, primeira rodada, uma semana difícil, uma desclassificação na Sul-Americana (na verdade, na Copa do Brasil), no qual ninguém, há cinco meses, escreveu algo que esse time iria entrar na Libertadores, absolutamente ninguém. Estamos felizes, mas não acabou ainda”.
Pressão pela atmosfera criada
“Nada. A grandeza do jogo se mostrou em 90 minutos, as dificuldades que encontramos Estrategicamente, o Grêmio é um time que marca homem a homem do meio para frente, agressivo, pressionando muito. Solução para isso era ter uma retenção melhor, manutenção de bola. Mas, tivemos dificuldade, não conseguimos reproduzir o que treinamos. No segundo tempo, tivemos de abrir o campo, ser mais agressivo, causar problemas ao adversário, o jogo ficou aberto porque os dois times pensaram em vitória, isso foi um componente do jogo”
Jogadores fora de posição
“Uma pena não ter réplica, porque eu ia perguntar qual é o atleta que não esteve na função? Muito pelo contrário. Nós últimos minutos, sim, puxamos o GP, fomos extremamente ofensivos. Contra o Bragantino, fizemos e empatamos 2 a 2. Todos em sua posição, o time melhorou, fez um gol e poderia ter buscado um segundo. Quando falamos do final, ali, estamos buscando, se tivéssemos de tirar um zagueiro para colocar atacante, faríamos. Então, uma análise mais coerente, mais normal, é feita até 70, 80 minutos, porque no final, se eu tiver de arriscar, faz parte do jogo. As substituições foram corretíssimas, o resultado está aí”.
Vaias da torcida
“Não é momento, não vamos fazer uma autoanálise. Nesse momento, temos vaga direta à Libertadores, algo impensável há tempos atrás, temos compromisso difícil, complicado, temos possibilidade matemática de G4, vamos continuar lutando. Vontade de permanecer, vontade dos atletas, daqueles que chegaram, que permaneceram e dos jovens, sempre gosto de falar, saíram da base, fico muito feliz com esse terceiro bloco. Mais uma vez falo do Du, fez um grande jogo, personalidade, mais um grande jogo, eles dão para nós possibilidades e é importante. Atletas que estão maturando. Ainda falta um período, mas feliz pela dedicação com todos eles”.
Falta de intensidade de veteranos
“O adversário, sim, marcou muito forte o primeiro tempo, se desgastou bastante, é uma característica do Grêmio, trabalhamos para siar da marcação. Nosso time teve vontade, desejo, não vi isso, não. Vi os dois lutando com as duas armas e não vou faze projeção para futuro, acabei de sair do jogo, trabalhamos em cima do nosso elenco, os números são bem claros, não foi a melhor partida nossa, óbvio que não foi, mas tivemos um bom segundo tempo, empate foi merecido em casa, terminamos essa parte invictos em casa”.
Primeiro ano como treinador
“Como eu disse anteriormente, não é momento nenhum de fazer projeção, avaliação, temos um jogo ainda, há possibilidade de G4, e nós queremos, vamos lutar por ela. Não é momento de análise. Vamos continuar trabalhando. Temos cinco dias importante, óbvio que os números são muito favoráveis, mas chegará o tempo de falarmos sobre isso, espero que com réplica”
Escolha por Du e substituições
“A escolha foi porque ele já fez três, quatro jogos, em cenários difíceis. Ele de os indícios, fez base, isso nos norteou, contra o Athletico-PR, Grêmio lá, tem mais um jogo, mas também fez meio-campista, como tem condição de fazer. Eu classifico o atleta que pode fazer dentro, mas tem feito como meia, não como primeiro, que temos usado Gabriel e Cantillo, onde temos revezado. Ele já tinha rotina, possibilidades, e mais uma vez fez um grande jogo.
Willian fica pela direita, e queríamos um pé trocado para vir para dentro, chute, tabela, retenção com Jô, por isso ele vem para o lado esquerdo. Gustavo ou GP pela direita, e entendemos que a primeira possibilidade era o Gabriel. Em seguida, tivemos situações melhores, mas tem de apressar uma última, aí tiramos o Giuliano, que fisicamente estava sentindo o jogo, e a possibilidade era de largar o time para frente. Então, Gabriel veio fazer a meia com Renato, e aí já era Gustavo pela direita, outra característica, potência, profundidade. Depois teve Luan com Vitinho, aí sim para os últimos estágios. As substituições muito racionais, até o momento que permitia o jogo, foi com base em abrir campo”.