O mineiro Rafael Henrique Pereira conquistou na noite deste domingo a medalha de ouro dos 110 m com barreiras do Campeonato Sul-Americano adulto de atletismo, que termina nesta segunda-feira, no Estádio Modelo Alberto Spencer, na cidade de Guayaquil, no Equador. Com 13.35 (0.7), o brasileiro quebrou o recorde do torneio, obteve a melhor marca pessoal e ficou muito perto do índice olímpico exigido pela World Athletics, que é de 13.32.
O Brasil conquistou mais quatro medalhas (três de ouro e um bronze) até a quarta e penúltima etapa da competição e agora soma 33 medalhas (16 de ouro, 8 de prata e 9 de bronze) – sem contar os resultados do salto triplo e o arremesso do peso masculino.
Rafael completou a prova bastante emocionado. “Fiquei muito feliz com a vitória e o resultado. Gostei da pista e o clima está muito bom”, comemorou o atleta orientado por Mauro Roberto França no Clã Delfos em Belo Horizonte. Ele lembrou a morte de uma tia, muito próxima dele, e falou que tem a expectativa de conseguir o índice no Troféu Brasil, entre os dias 10 e 13 de junho, em São Paulo. “Outra possibilidade é entrar na zona de qualificação para Tóquio pelos pontos e o Sul-Americano tem uma pontuação muito importante.” Eduardo de Deus, já qualificado para Tóquio, bateu na última barreira e não completou a prova.
O recorde da competição era do também brasileiro Redelén Melo dos Santos, com 13.45, desde a edição de Barquisimeto, na Venezuela, em 2003. Os 13.35 passam a ser a melhor marca brasileira de 2021 e a sétima de todos os tempos na América do Sul.
O colombiano Camilo Cordoba conquistou a medalha de prata, com 13.53, seguido do equatoriano Marcos Herrera Piñeda, com 13.77.
A catarinense Mariana Grasielly Marcelino conquistou o ouro no lançamento do martelo, com 66,16 m, melhor marca do Ranking Brasileiro de 2021. A chilena Maria Garcia ficou em segundo lugar, com 63,20 m, seguida da colombiana Alexandra Mayra, com 62,46 m. Na prova masculina, o paulistano Allan Wolski terminou em quarto lugar, com 70,71 m.
No arremesso do peso, a paranaense Livia Avancini garantiu o primeiro lugar, com 17,34 m, marca obtida logo em sua primeira tentativa. Ela conseguiu os três melhores da competição – todos acima dos 17 metros. A venezuelana Ahimara Espinoza ficou na segunda colocação, com 16,95 m. A chilena Ivanna Gallardo terminou em terceiro, com 16,94 m.
No salto com vara, o gaúcho Abel Curtinove levou a medalha de bronze, com 5,20 m. O ouro foi para o argentino Germán Chiriaviglio, com 5,55 m, seguido do equatoriano Dyander Pacho, com 5,30 m.
O Sul-Americano é uma oportunidade de os atletas tentarem os índices exigidos e pontos importantes para os Jogos de Tóquio. Além disso, os campeões do torneio asseguram vaga para representar o País no Campeonato Mundial de Oregon, na cidade norte-americana de Eugene, de 15 a 24 de julho de 2022.