O pulsar de uma paixão
Ele é um convite pra fortes emoções!
Proporciona encantamento, desencadeia potencialidades ocultas. Aquele lance imprevisível encontra terreno fértil. Brota confiança! Os 90 minutos comportam um longa metragem de pura ação e ninguém ousa duvidar de reviravoltas nos acréscimos.
Em 2023 teve tudo isso! Pra começar, o mínimo: um clássico equilibrado, no Paranaense. E pra desafiar as disparidades de times que estão no alto e embaixo na tabela, um clássico eletrizante no primeiro turno do Brasileirão. O Athletico fez valer o fator casa, mas não teve facilidade. O Coritiba se mostrou organizado. Acreditem! A memória é recente, mas daqui a alguns anos ela pode apagar boas lembranças de um ano trágico.
Organização. Fator imprescindível na Série A. Tão escasso no atual Coritiba. Até o torcedor mais otimista prefere não alimentar a ilusão de revê-la. O clube reflete em campo as decisões equivocadas fora dele. Contratações em massa. Desmanche na mesma medida.
No Athletiba do Campeonato Paranaense, o Athletico era o líder, o Coritiba estava na cola, com dois pontos a menos.
De lá pra cá, muitos jogadores nem fazem parte mais do elenco, como Chancellor, Marcio Silva, Bruno Viana, Marcos Vinícius, Jesús Trindade, Liziero, Zé Roberto e Alef Manga, que deixaram o clube, e Rodrigo Pinho, que não será mais utilizado.
Enquanto o Athletico não conta mais com Khellven, Pedrinho, Terans e Vitinho, além de Zé Ivaldo, afastado.
O rubro-negro teve momentos frustrantes, depois de ser eliminado da Copa do Brasil e da queridinha Libertadores, mas se reergueu a tempo de voltar a galgar degraus no Brasileirão. Chega para o Athletiba com 10 jogos de invencibilidade diante de um rival que não vence há oito.
Se clássico é imprevisível e permite o improvável, o terceiro encontro do ano tem todos os quesitos para contrariar tudo que já se viu. O Athletico é o favorito. E no Couto Pereira.
Resta ao Coritiba se apegar a honra de representar uma torcida apaixonada, porém machucada, e não deixar esse laço se esvair.