A delegação brasileira da bocha paralímpica fez as primeiras atividades no Ariake Gymmastics Centre, onde serão realizadas as disputas da modalidade durante os Jogos de Tóquio. A cerimônia de abertura será nesta terça, às 8 horas (de Brasília).

Evani Calado, medalha de ouro nas duplas mistas BC3 ao lado de Antônio Leme e Evelyn Oliveira nos Jogos do Rio 2016, destacou o quão significativo é o reconhecimento do local onde acontecerá as partidas.

“Para todos (da bocha) é muito importante conhecer o piso de um lançamento, principalmente da classe BC3, na qual a bolinha desce da calha e já tem contato com o chão do começo até o fim da jogada. Aqui a quadra está muito firme”, explicou Evani.

A atleta pernambucana, que teve paralisia cerebral na hora do parto por falta de oxigênio, revelou que o local de treino trouxe outra inspiração dos Jogos Olímpicos de 2020.

“Quando entrei na arena, me arrepiei bastante porque foi o local onde aconteceram as provas de uma modalidade dos Jogos Olímpicos que eu amo, a ginástica artística, e pelas conquistas da brasileira Rebeca Andrade. Está muito linda a arena”, completou.

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Eliseu dos Santos, atleta da classe BC4, foi medalhista de ouro em Pequim-2008, Londres-2012 e prata na prova de duplas mistas ao lado de Dirceu e do irmão Marcelo dos Santos no Rio-2016. Para este ano, está confiante e disse que tudo está deslumbrante.

“O piso está show. A arena é fantástica, está tudo do jeito que a gente gosta. A bolinha está rolando bem no piso, correndo bem. Eu jogo também buscando pingar a bolinha perto da bola branca e, com o piso retinho, a gente espera que vá dar tudo certo”, finalizou Eliseu.

O Brasil conta com 11 atletas da bocha nos Jogos Paralímpicos e estreia na competição no próximo sábado, nas disputas individuais das classes BC1, BC2, BC3 e BC4.