Um dos destaques do Atlético-MG neste ano é o lateral direito Mariano. Pouco comentado, o jogador soube aproveitar a sequência com o técnico Cuca nesta temporada para assumir a titularidade e se firmar na equipe atleticana, sendo importante para a conquista do Campeonato Brasileiro de 2021. Na manhã desta sexta-feira, após a vitória decisiva sobre o Bahia, o atleta falou sobre momentos marcantes com a camisa do Galo.

“O jogo contra o Internacional me chamou atenção porque fomos eliminados em casa, na Libertadores, sendo que estávamos invictos. Foi bem triste e machucou bastante. Sabíamos a importância do Campeonato Brasileiro para o torcedor atleticano. Em todos os jogos, a torcida comparecia no estádio, a gente via a alegria e a emoção deles. Aquele jogo foi muito importante, mas ontem também foi muito marcante. Perdendo de 2 a 0, conseguimos a virada em coisa de 5 ou 10 minutos, fazendo três gols. A vitória de ontem, podendo comemorar com a nossa torcida, em Belo Horizonte, e ver a alegria no rosto deles, acho que foi o momento mais marcante sim”, disse Mariano em entrevista à ESPN Brasil.

Questionado sobre como encarou a disputa de posição com o jovem Guga, Mariano revelou que a experiência e a calma foram fundamentais para agarrar a chance depois de um período oscilante sob o comando do argentino Jorge Sampaoli.

“Foi muita paciência e experiência. Quando eu cheguei, vim como uma contratação do Sampaoli, pois trabalhamos juntos no Sevilla, então tinha uma grande expectativa para que eu jogasse. Era um estilo de jogo diferente em relação ao que eu estava acostumado lá na Turquia, precisava de adaptação. Respeitei muito o Guga, que era o titular da época. Hoje sei esperar e ter paciência para que as coisas aconteçam naturalmente. Quando o Cuca chegou, também havia trabalhado com ele, em 2009, no Fluminense, quando nos livramos do rebaixamento. Era um outro estilo, mas comecei a ter sequência, aí facilita, porque você ganha confiança. Tudo isso colabora para o meu momento no Atlético. Hoje, estou fazendo bons jogos e contribuindo com a equipe. Falaram que eu estava velho, mas, quando a gente amadurece, a sabedoria e a calma te ajudam a dar o seu melhor quando tiver a oportunidade”, completou.

Com o título, o Atlético-MG quebra um jejum de 50 anos sem conquistar o Brasileirão. O último havia sido em 1971. Campeão de forma antecipada, o Galo agora se prepara para o duelo contra o Red Bull Bragantino, no próximo domingo, às 16 horas (de Brasília), quando será entregue a taça do Campeonato Brasileiro.