A WSL (Liga Mundial de Surfe, na sigla em inglês), que organiza o Circuito Mundial, apresentou as lycras que serão utilizadas pelos surfistas durante a etapa do Taiti, que deve ter início nesta sexta-feira. As cores chamaram atenção dos surfistas. Pela primeira vez os uniformes terão cores fluorescentes, no mesmo tom de alguns corais da região da Polinésia Francesa, para alertar sobre a preservação desses ambientes marinhos. Filipe Toledo, Italo Ferreira e outros brasileiros aprovaram a ideia.
A iniciativa faz parte de uma campanha global chamada “Glowing Glowing Gone” e tem apoio da ONG Coral Gardeners, que procura restaurar esses recifes de corais no Taiti. Para promover a ação, alguns surfistas ajudaram a “plantar” em uma estrutura subaquática dezenas de unidades de coral em Moorea. Lá, eles ficam por quase dois anos até serem transplantados para áreas degradadas.
As lycras que serão usadas tem tons fluorescentes em roxo, rosa, laranja e amarelo, justamente as cores que os corais apresentam pouco antes de estarem vulneráveis. A partir daí, vão passando por um processo de embranquecimento, perdendo as tonalidades vivas que costumam apresentar em situações normais.
Segundo os pesquisadores, esse grave problema nos recifes de corais é decorrente do aquecimento e do aumento da acidez nos oceanos, e das mudanças climáticas. Esse habitat precisa também ser protegido da poluição e da exploração descontrolada dos mares e nos litorais. Por isso, a WSL entrou na campanha e está ajudando a divulgar sobre esses riscos.
Sétima etapa do Circuito Mundial de Surfe, a etapa em Teahupoo teve início da janela de competição na quarta-feira, mas nos dois primeiros dias as condições do mar não estavam boas e o evento não começou. Nesta sexta-feira, uma nova chamada será feita às 14h30 (horário de Brasília) e a expectativa é que a partir do fim de semana as condições sejam bem melhores.