Durante o período de isolamento social, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) iniciaram um programa destinado aos atletas para disseminar informações sobre o combate ao doping.

A ideia é aproveitar o tempo livre dos esportistas em quarentena para promover debates em lives e palestras virtuais. “Trabalhamos também com quem está em torno desses jovens atletas, como os pais, os familiares e os professores de educação física. Nossas ações são complementares às da ABCD, ajudamos a cumprir a tarefa de atingir o público”, afirma o médico Christian Trajano, gerente de Educação e Prevenção ao Doping do COB.

A tecnologia é uma aliada nesse processo. Junto às entidades, a a UFRRJ (Universidades Federal Rural do Rio de Janeiro) e a UFF (Universidade Federal Fluminense) trabalham, juntas no desenvolvimento da plataforma digital.

“Nosso ideal é que o atleta vivencie o antidoping primeiramente pela educação e não pela notificação, pela coleta de amostra. Estamos desenvolvendo uma plataforma de educação com o auxílio de inteligência artificial e queremos que a ABCD seja parceira na criação dessa plataforma. A ideia é que a ferramenta rastreie o interesse do aluno nos assuntos e, assim, podemos montar uma trilha do conhecimento individualizada, seguindo as preferências da pessoa”, completou Trajano.

Em dezembro do ano passado, a Agência Mundial Anti-Doping (WADA, sigla em inglês) anunciou a punição à Russia devido aos casos de doping e manipulação de resultados de exames. Em decisão unânime, foi definido o banimento do país de grandes eventos esportivos até 2023.