A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) comunicou nesta quarta-feira que irá adotar medidas de prevenção ao assédio e abuso dentro do esporte.
A partir do mês de agosto, a entidade vai exigir que treinadores e membros de equipe multidisciplinar concluam o Curso de Prevenção ao Abuso e Assédio do Instituto Olímpico Brasileiro do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Sem o certificado, treinadores não poderão integrar a Seleção Brasileira de Atletismo, assim como árbitros estarão impedidos de atuar como delegados em competições nacionais.
A proposta partiu do presidente do Conselho de Administração, Wlamir Motta Campos, que acredita que a medida é uma possibilidade de conscientização.
“O objetivo é querer um atletismo livre do assédio, da mesma forma que fizemos com a autodeclaração dos corredores de rua com o jogo limpo para ter o atletismo livre do doping. Essa medida é assertiva para conscientizar a comunidade do atletismo do que é o assédio e, pela pedagogia do exemplo, todos os treinadores e árbitros deverão fazer o curso. Eu fiz esse curso no ano passado, puxando a fila. Conscientização e mudança cultural é o caminho”, afirmou.
Walmir também defende que o mecanismo serve para incentivar a maior presença feminina no atletismo.
“Em todas as minhas andanças pelo País me deparei com isso. Como temos poucas mulheres treinadoras os pais são muito preocupados em deixar as suas filhas treinarem, ainda mais difícil nos Estados do Nordeste e precisamos mudar isso. Penso que a medida tomada é um primeiro passo”, concluiu.