Se no Tottenham Lucas Moura joga ao lado do craque sul-coreano Son Heung-min, outro brasileiro quer formar dupla com o atacante, mas na seleção da Coreia do Sul. Há cinco anos no Daegu, o meio-campista Cesinha está colocando os livros como prioridade ao lado das chuteiras para realizar um sonho: disputar uma Copa do Mundo.

Com o tempo de casa necessário e reconhecimento da torcida, o brasileiro ex-Atlético-MG e Ponte Preta planeja se naturalizar coreano e sonha com o Mundial no Catar.

“Perguntaram para mim em entrevista se eu queria me naturalizar e jogar pela seleção da Coreia. Eu disse que sim, que gostaria muito, é um país que eu me adaptei muito bem, recebo muito carinho, e não teria porquê não me naturalizar. Aí virou um furdúncio, só falavam disso, até hoje”, contou em entrevista à Gazeta Esportiva.

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O que começou como um comentário despretensioso foi ficando mais sério. Desde 2016 no país, o jogador já atingiu o mínimo de tempo necessário para conseguir a cidadania, mas precisa passar por um desafio fora das quatro linhas: duas provas para atestar fluência em coreano.

“O tempo aqui na Coreia eu já tenho, o que pega é que preciso ler e escrever fluentemente o coreano. Tenho que fazer duas provas e aí passando posso me naturalizar. É uma questão burocrática. Eu estou pegando firme nos estudos mas é muito difícil”, brincou o brasileiro. “É muito risquinho, coisa que junta com a outra e vira vogal… mas vai ter uma torcida esperando do lado de fora perguntando ‘e aí, passou? Não passou?’”, explicou.

“(Ainda) não teve nenhum contato oficial, ou de treinador. Os torcedores que repercutiram minha declaração, gostaram muito, se sentiram felizes. Disse em uma matéria da imprensa local que para mim seria um sonho disputar uma Copa do Mundo por um país que me adaptei super bem, onde vivo muito bem, conquistei tudo que tenho. E aí bombou… saiu até montagem minha com o Son”, contou.

Guardada as devidas proporções, Cesinha se destaca no futebol da Coreia do Sul. São 147 partidas pelo clube com 54 gols marcados. Recentemente, foi escolhido o melhor jogador do mês de junho no campeonato.

Para o brasileiro, a dupla daria certo junta. “Eu falo direto aqui que a gente tem muito a somar juntos, pelo estilo de jogo. Claro que eu não me comparo ao Son, ele disputa um campeonato de nível bem maior que meu, está em outro patamar, mas devido ao que venho fazendo aqui acho que poderia somar”, contou.

“Na seleção coreana tem muitos jogadores que jogam aqui e dão certo, por que eu não conseguiria?! Acho que poderia dar certo esse conjunto entre Brasil e Coreia”, brincou o meia.