Campeão olímpico em 2016, o Brasil foi derrotado por 3 sets a 2 pela Argentina (25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13) na disputa pelo bronze do vôlei masculino e encerrou sua participação nos Jogos de Tóquio sem conquistar uma medalha. A equipe comandada por Renan dal Zotto repetiu a inconstância da partida contra o Comitê Olímpico Russo, na semifinal, e sofreu um novo revés.
A derrota teve um roteiro muito semelhante à disputa pelo bronze nas Olimpíadas de 1988, em Seul. Na ocasião, o Brasil também foi superado pela Argentina por 3 sets a 2. Com a derrota em Tóquio, os brasileiros interromperam uma sequência de quatro Jogos Olímpicos seguidos subindo ao pódio.
O Brasil não fez um bom primeiro set, ficando distante do controle do jogo em todos os momentos. A equipe teve dificuldade para defender os ataques de Facundo Conte, que somou nove pontos na parcial inicial. Os argentinos fecharam em 25/23, em cortada de Conte.
O time brasileiro seguiu cometendo erros importantes no segundo set, sobretudo no saque. No entanto, a equipe qualificou a recepção e passou a ter um melhor aproveitamento nos ataques. Douglas entrou bem no jogo, e o Brasil fechou a parcial em 25/20, com ponto de bloqueio de Wallace.
O terceiro set foi disputado ponto a ponto até a sua metade, com Wallace entrando de vez no jogo e fazendo a diferença para o Brasil. Por mais que os argentinos tenham aberto uma ligeira vantagem na metade da parcial, o time comandado por Renan controlou o set até o final e fechou em 25/20.
O início da parcial seguinte teve um Brasil errático e cedendo pontos fáceis para os adversários, que conseguiram abrir uma confortável vantagem de oito pontos. Em erro de saque de Lucarelli, a Argentina fechou a parcial em 25/17 e levou a decisão para o tie break.
Muito mais vibrante na quadra, a Argentina comandou o tie break no início. Mesmo assim, o Brasil buscou o empate após as entradas de Cachopa e Alan, que melhoraram o desempenho do time. No entanto, os argentinos fecharam o set decisivo em bloqueio e garantiram o bronze.
Após a partida, Bruninho reconheceu o desempenho oscilante do Brasil e a frustração por deixar a competição sem uma medalha no peito.
“Acho que pesou a nossa inconstância, isso acabou sendo uma tônica na competição. Falo por mim também, alguns bons momentos ou não tão bons. Hoje no quarto set foi isso, começamos a cometer erros e isso acabou pesando. As últimas 48h não foram fáceis para voltar com força, queríamos muito essa medalha”, disse o levantador.