Atual campeã mundial e líder do ranking na categoria até 70kg, a judoca Alana Maldonado disse antes de embarcar para o Parapan de Lima que estava com a mexicana Lenia Ruvalcaba engasgada após perder as decisões dos Jogos Paralímpicos do Rio-2016 e do Parapan de Toronto-2015. A brasileira teve a oportunidade da revanche logo na estreia, mas as coisas não ocorreram conforme o esperado. Depois reagiu e conquistou a medalha de prata.
Alana encontrou dificuldades para encaixar seus golpes contra a rival, levou três advertências e perdeu a luta. “A gente vem se enfrentando nas grandes finais. Faltam mínimos detalhes, digamos. Tomei um shido em seguida do outro. Mas é uma luta de estudo. Nós duas nos estudamos muito. É isso que falta. Mínimos detalhes mesmo. A gente vem trabalhando muito. Acho que no momento certo, nos Jogos Paralímpicos, tudo vai dar certo”, comentou.
Na sequência, a brasileira atropelou as outras três adversárias. Bateu por ippon antes do primeiro minuto de luta as norte-americanas Christella Garcia e Cynthia Simon, e a argentina Nadia Boggiano. Assim repetiu a prata na categoria até 70kg de Toronto-2015.
Alana agora curtirá o Parapan nos próximos dias. Ela pretende acompanhar alguns amigos do atletismo e do futebol de cinco. “Quero curtir agora a Vila porque isso aqui só tem de quatro em quatro anos, ver um grande amigo, o Daniel Martins, no atletismo. Ele vai correr segunda e terça. O Ricardinho, do futebol, também quero acompanhar”, comentou.
Assim que acabar a competição ela viaja para o Usbequistão, onde disputará a Copa do Mundo de judô e enfrentará novamente a mexicana, que ela já venceu em outras oportunidades, afinal, é a atual campeã do mundo e líder do ranking.
OUROS NO JUDÔ – O Brasil encerrou a participação no Parapan de judô com o total de 11 medalhas: quatro de ouro, três de prata e quatro de bronze. Neste domingo, o País garantiu três ouros. Lúcia Araújo abriu o caminho das vitórias na categoria até 57kg B3. Meg Rodrigues manteve o bom momento do Brasil na até 70kg B3. Último a entrar no tatame, Luan Pimentel não deu chances aos adversários na categoria até 73kg B3 e faturou o ouro sem grandes dificuldades.
“Muito feliz mesmo. Tinha dado entrevista que o mais importante era conseguir competir bem. Colocar em prática o que fiz nos treinos. Aproveitei todas as oportunidades que tive. Ganhei no solo porque coloquei em prática o jiu-jítsu, que é da onde eu vim”, afirmou.