O atleta Thiago Braz conquistou a medalha de bronze, nesta terça-feira, no salto com vara nas Olimpíadas de Tóquio. Ele saltou até 5.87m e ficou atrás do sueco Armand Duplantis e do estadunidense Christopher Nilsen. O brasileiro falou sobre a sua trajetória até os Jogos e avaliou a participação na competição.
Segundo ele, a medalha de bronze “representa uma resiliência, porque em cinco anos nada foi fácil para mim. Mas eu me superei, ganhei essa medalha e estou trazendo para o Brasil, com toda a felicidade e orgulho no peito. Muito feliz pela minha família inteira, que me ajudou e me incentivou a dar a volta por cima.”
“O meu desejo era ganhar uma medalha, eu queria ouro, mas primeiramente uma medalha. O motivo maior foi minha família, minha esposa, meu treinador, meu avô que faleceu no ano passado, num momento de pandemia. E também o orgulho de ser brasileiro, de trazer orgulho pro Brasil”, completou.
O atleta citou as dificuldades para a conquista: “Esses tempos foram muito complicados, fiquei nervoso na qualificatória. Dois dias atrás eu sonhei que tinha pego a medalha de bronze, olhei no peito e não gostei muito, porque queria a de ouro.”
“O esporte precisa de mais incentivo e não somente cortes. 2016 foi uma coisa de louco, ganhamos o ouro, saltamos nosso melhor, depois tem meu desenvolvimento pessoal. Tudo é um trabalho, um investimento que as pessoas fazem para que a gente possa continuar sonhando. Meus altos e baixos significaram conhecer mais a mim mesmo e mostrar que, saltando bem ou mal, era possível voltar a saltar, projetar novos sonhos e conquistas”, acrescentou.
Braz também abordou um incômodo que sentiu na perna nesta terça-feira: “Na qualificatória, tive câimbra nas duas panturrilhas e a gente tratou. Não estava 100% hoje: a panturrilha direita ainda estava doendo, então tive que dar uma maneirada na corrida. Fui aquecendo durante a prova e sentindo.”
Por fim, Thiago comentou a respeito de seu desempenho nesta terça-feira: “Estou muito grato, contente por voltar a pegar pódio, dar 100% de mim na prova e ver que as coisas podem acontecer. Hoje, por um erro muito bobo, não saltei 5.92m.”