Cid Moreira se notabilizou como um dos rostos mais conhecidos da TV brasileira
Apresentador ancorou o Jornal Nacional durante 26 anos e conquistou novos públicos com narrações icônicas após deixar o telejornal
A morte de Cid Moreira, na manhã desta quinta-feira (3), encerra uma das mais longevas e bem sucedidas carreiras da televisão brasileira. Como jamais se aposentou oficialmente, o apresentador e locutor celebrou em 2024 seus 70 anos de carreira, desde a primeira locução, na Rádio Difusora de Taubaté, interior de São Paulo, em 1944. Já a sua estreia oficial na TV, depois de algumas participações esporádicas, foi em 1963, no Jornal de Vanguarda da TV Rio, no Rio de Janeiro.
Mas seu rosto passou a ser um verdadeiro símbolo do telejornalismo brasileiro mesmo em 1969, quando foi escolhido para ser um dos apresentadores do Jornal Nacional, na TV Globo. Inicialmente ele dividiu a bancada com Hilton Gomes. No entanto, foi cerca de dois anos após a estreia do jornal que Cid passou a fazer dupla com Sérgio Chapelin, em uma parceira que atravessou décadas e só foi encerrada com a reformulação do telejornal, em 1996.
Narrações divertidas conquistaram novos públicos
Após se firmar como o principal apresentador da emissora, Cid Moreira teve participações marcantes também no programa Fantástico. E foi nele que, aproveitando-se da menor formalidade, criou alguns bordões que se popularizaram, conquistando uma parcela mais jovem do público. Especialmente quando assumiu a narração do quadro Mr. M, em que um mágico mascarado revelava os truques por trás das apresentações de ilusionismo. exibido pela primeira vez em 1999.
- Leia também: Qual foi a causa da morte de Cid Moreira?
E em 2010, mesmo com o apresentador fazendo raras aparições na TV, uma breve vinheta em que ele apenas falava o nome da bola oficial da Copa do Mundo da África do Sul, a então famosa e polêmica Jabulani, se popularizou tanto que é considerada um dos primeiros “memes” da era das redes sociais. Como a bola foi bastante criticada pelos jogadores, principalmente pelos goleiros, que reclamavam da imprevisibilidade de sua trajetória após os chutes, a voz de Cid narrando “Jabulaaani!” a cada gol causado pelos movimentos estranhos da bola, virou uma marca daquele mundial. A vinheta fez tanto sucesso que permanece até hoje no imaginário popular.
Carreira começou no rádio
De acordo com o portal Memória Globo, Cid Moreira iniciou a carreira em 1944, depois de ser descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Ele então permaneceu na emissora por cinco anos, narrando comerciais, até se mudar para São Paulo, em 1949. Na capital paulista ele trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
Mas a carreira começou a decolar mesmo quando o então locutor se mudou para o Rio de Janeiro, contratado pela Rádio Mayrink Veiga, em 1951. Foi nesta época que, paralelamente ao trabalho na rádio, ele teve suas primeiras experiências na televisão. Então apresentando comerciais ao vivo em programas como Além da Imaginação e Noite de Gala, ambos na TV Rio.
Mesma emissora em que estreou como locutor de noticiários, em 1963, no Jornal de Vanguarda. Em seguida, Cid trabalhou nesse mesmo programa, que passou por várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental.
Estreia do Jornal Nacional
No entanto, o grande marco da carreira do apresentador veio em 1969, quando foi escalado para a estreia do Jornal Nacional, também na TV Globo. Assim, já no dia de estreia do primeiro noticiário transmitido em rede no país, Cid Moreira dividiu a bancada com Hilton Gomes.
Em 1971, iniciou a duradoura parceria com Sérgio Chapelin. Cid permaneceu por 26 anos no jornal, com o seu boa-noite diário fazendo parte do cotidiano de milhões de brasileiros. Após a reformulação do programa, com novos apresentadores, ele seguiu participando do jornal com a leitura de editoriais.
Consolidado como apresentador do jornal diário, Cid passou a participar ocasionalmente do Fantástico, que estreou em 1973. E foi no programa dominical que conquistou novos públicos, especialmente a partir da narração do quadro do Mr. M.
Assim como na televisão, Cid Moreira também teve enorme sucesso com a gravação de salmos bíblicos, a partir da década de 1990. Em 2011, concluiu o seu projeto de gravar a Bíblia na íntegra. Ao longo dos anos, foram mais de 33 milhões de CDs vendidos.
Um ano antes da conclusão da gravação integral da Bíblia, em 2010, foi lançado o livro Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil, da editora Prumo. A biografia foi escrita pela mulher do locutor, Fatima Sampaio Moreira, e reúne depoimentos de jornalistas, amigos e parentes de Cid Moreira.
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