Empresa diz que greve de ônibus em Guarapuava partiu do sindicato e paralisação continua
A greve dos trabalhadores do transporte público de Guarapuava chega ao segundo dia nesta quarta-feira (15). Servidores cobram a reposição salarial referente a data-base de novembro de 2021, entre outras reivindicações. A Pérola do Oeste, empresa responsável pelo serviço diz que o movimento partiu do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, que se defendeu das acusações.
A companhia diz que uma reunião informal foi feita entre a empresa e os trabalhadores, que fizeram uma contraproposta de reajuste de 8% mais ajuda com alimentação. A Pérola do Oeste informou que solicitou ao sindicato e aos trabalhadores que formalizem essa proposta para que seja avaliada. O que segundo a companhia, ainda não foi encaminhada pelos servidores.
A empresa revelou que abriu uma sindicância interna para apurar quem são os responsáveis pela paralisação do serviço no município. A prefeitura para que o serviço funcione de forma escalonada, mas os grevistas não acataram a determinação, paralisando a circulação dos ônibus na cidade. A Pérola do Oeste disse que encaminhou ao ao Tribunal Regional do Trabalho um documento informando sobre o descumprimento por parte dos trabalhadores e para que o mesmo se pronuncie. A companhia alega que os profissionais estão com medo de trabalhar devido à ameaça de retaliação dos colegas. Veja a nota:
“A informação divulgada pelo Sindicato sobre a decisão de paralisação geral partir dos trabalhadores não é verídica. Foram os representantes do sindicato que coagiram os trabalhadores, mandando que os mesmos retornassem às suas residências. Os profissionais estão com medo de trabalhar devido à ameaça de retaliação dos colegas”, diz a empresa.
O RIC Mais procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários que se defendeu dizendo que aquele que quiser trabalhar tem a a liberdade para isso e que o sindicato está assessorando os servidores da melhor maneira possível.
“Não estamos fazendo nenhum tipo de manifestação violenta. O trabalhador simplesmente cruzou os braços e quer receber o que lhes é de direito”, relatou o presidente Valdemar Nascimento.
O presidente do sindicato falou também que se a empresa formalizar um acordo coletivo da proposta apresentada na terça-feira (14) pelos servidores, eles voltam a trabalhar imediatamente e que o sindicato vai respeitar a decisão dos trabalhadores.
Além do reajuste dos salários, os colaboradores do transporte coletivo estão reivindicando férias atrasadas e condições de trabalho. A empresa alega que vive dificuldades financeiras há dois anos, por causa da queda no número de passageiros, aumento do preço do combustível e a pandemia.