Mãe descobre que filha era assediada por ex-agente penitenciário em Curitiba
"Falava como se fazia o sexo, como que era a sensação, ele explicou tudo, detalhou da pior forma possível", disse a mãe da menina sobre as atitudes do suspeito
Uma mulher de Curitiba descobriu que a filha de 12 anos era assediada pelo ex-namorado, um ex-agente penitenciário de 53 anos. Segundo relatos da menina, os abusos começaram durante o relacionamento de dois anos que a mãe teve com o suspeito.
Segundo a RICtv, a mulher terminou a relação após perceber comportamentos agressivos, mas só depois a filha conseguiu contar sobre o assédio. A denúncia foi feita à polícia dois meses após o término.
“Ela falou para mim que ele fazia ela pegar nas partes íntimas dele. Via vídeos pornográficos ao lado da minha filha, estimulando-a a ter interesse. Ela falava para mim que o trajeto da escola era muito difícil, que ali ele falava muita coisa. Falava como se fazia o sexo, como que era a sensação, ele explicou tudo, detalhou da pior forma possível. E falou que quando ela sentisse interesse era para falar para ele e mostrar para ela como era a sensação”, disse.
Ex-agente penitenciário passou a perseguir mãe e filha
Após a denúncia, a situação piorou. A mãe afirma que o ex-companheiro passou a persegui-las, desrespeitando a medida protetiva e utilizando terceiros para intimidá-las.
“Eu estou sofrendo muitas ameaças, mensagens de texto dizendo que vão entrar na minha casa, implantar droga na minha casa e chamar a polícia para dizer que eu mexo com esse tipo de coisa”, complementou a mulher.
Segundo a mulher, comparsas do suspeito foram até a casa do pai da vítima e fizeram ameaças. A mãe da menina ficou sabendo após o pai da garota enviar um áudio para a mãe dizendo o que ocorreu.
“O BO (boletim de ocorrência) lá acho que vai feder mesmo. Ele (o suspeito) mandou um cara aqui em casa, ele acabou de sair daqui. Veio querer tipo uma intimidação comigo aqui. Mandou um piá de b*st@ não sei de onde, tipo um bandidinho, veio querer me intimar, e que era para avisar para a filha e a mãe que era para parar com a palhaçada que estão fazendo com ele. O troço vai feder, esse cara não vai deixar quieto essa parada não” disse o pai da criança em áudio enviado para a mãe.
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O advogado da vítima destacou que o homem tem histórico criminal, incluindo uma condenação por roubo, que resultou no uso de tornozeleira eletrônica e a exoneração do cargo de agente penitenciário.
Apesar da gravidade das acusações, o processo pouco avançou. Seis meses após o registro, a menina ainda não foi ouvida pela polícia. Enquanto isso, mãe e filha vivem com medo de que algo pior aconteça.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que está acompanhando o caso desde o início. Em nota oficial, a instituição informou que já foram realizadas diligências na residência da vítima e que novas oitivas serão conduzidas nos próximos dias. A polícia aguarda também a chegada de laudos periciais, que auxiliarão no andamento das investigações. O comunicado reforça que todas as linhas de investigação estão sendo consideradas para esclarecer os fatos.
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