Polícia conclui inquérito de filha que matou a mãe em Ponta Grossa
Estão encerradas as investigações do assassinato de Doraci Kanayama, 58 anos, morta a facadas pela própria filha em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, na semana passada. O inquérito foi concluído nesta sexta-feira (12) e indiciou a suspeita por homicídio qualificado pelo motivo fútil, por recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima e também por feminicídio, uma vez que o crime ocorreu no âmbito de violência doméstica e familiar.
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A vítima foi esfaqueada diversas vezes dentro de casa pela filha. Antes disso, Doraci conseguiu telefonar ao filho pedindo socorro. Ele chegou, notou as duas trancadas no quarto, arrombou a porta e flagrou a irmã golpeando a mãe com facadas.
Doraci morreu logo em seguida. A filha conseguiu fugir, mas foi presa menos de 24 horas depois, quando deu entrada usando nome e documento falso numa Unidade de Pronto Atendimento em Curitiba. Ela ficou ferida no pé, no momento em que o irmão a tirou de perto da mãe.
Versão da suspeita
A mulher alegou que foi a mãe quem a provocou primeiro, dando choques com uma arma taser. Como a filha teria conseguido tirar a arma da mãe, Doraci pegou uma faca para agredir a filha. Mas a filha também teria tirado a faca e golpeado a mãe para se defender. Essa foi a versão que ela deu ao ser presa.
Apesar da versão da filha, os familiares disseram à polícia que a suspeita tem sintomas de perseguição e paranoia. No interrogatório, ela teria confirmado à polícia que tem bipolaridade e borderline, transtornos de personalidade e que preferia morrer no lugar da mãe, já que sempre dependeu dela. Ela teria chorado muito na delegacia quando soube que a mãe morreu.
A suspeita do crime permanece presa.
