Advogado diz que policial suspeito de estupro no Paraná foi vítima de armação

por Maria Eduarda Paloco
Com informações de RICtv e revisão de Guilherme Fortunato
Publicado em 19 jan 2023, às 15h37.

O caso do policial militar suspeito de estuprar uma moradora em situação de rua em Londrina, no Norte do Paraná, segue sendo investigado. Nesta quinta-feira (19), o advogado do investigado, Eduardo Miléo, falou sobre o crime pela primeira vez.

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Em entrevista para a RICtv, Miléo disse que o cliente é inocente e que “foi vítima de armação do crime organizado”. O advogado afirmou também que o policial atua no combate ao tráfico de drogas na região, o que teria motivado a “armação”

Ainda segundo a defesa, o policial ficou apenas quatro minutos dentro do local, como é possível ver em uma câmera de segurança que a Polícia Civil teve acesso. “São apenas quatro minutos que ele fica ali, verifica o fato, vê que era uma pessoa que estava entrando, vê que ali está tudo normal, volta ao carro e vai para casa”.

A versão da testemunha e da vítima

Um policial militar foi preso na tarde desta quarta-feira (18) após a Justiça pedir a prisão preventiva do homem suspeito de estuprar uma mulher em situação de rua em uma casa abandonada, conhecida como “mocó”, na região central de Londrina, no último domingo (15).

Uma testemunha do caso contou detalhes do crime nesta quarta-feira (18). Ela, que diz ter presenciado o abuso. revelou que o policial obrigou a vítima a fazer sexo oral e “cuspiu na cara dela” antes do ato e deu uma coronhada na perna da vítima.

“Eu chorei bastante porque eu estou com 50 anos. Não é porque eu frequento aqui (mocó), que vivo aqui, que eu sou escória. Nós não somos lixos. Nós somos seres humanos. Pelo amor de Deus, como um policial faz isso com a gente”, afirmou a vítima do suposto estupro, em entrevista à RICtv.