Vídeo mostra suspeito de triplo homicídio jogando celulares de vítimas em bueiro, diz polícia; assista
Um vídeo gravado na noite em que ocorreu um triplo homicídio em Umuarama mostra um homem parando um carro e aparentemente jogando objetos em um bueiro. Dentro do bueiro, a Polícia Civil encontrou celulares das vítimas do crime. De acordo com os investigadores, o homem mostrado nas imagens é o principal suspeito do caso.
De acordo com o delegado do caso, Osnildo Carneiro Lemes, os investigadores conseguiram traçar a rota feita por Jean Michel de Souza, de 39 anos, ex-marido de uma das vítimas e principal suspeito, no dia do crime.
Eles obtiveram dados do celular da ex-esposa, Jaqueline Soares, uma das vítimas do triplo homicídio. O aparelho teria sido levado por Jean depois do crime.
Os policiais então levantaram as imagens de câmeras de segurança instaladas nesta rota e observaram que uma delas mostra um homem estacionando o carro perto de um cruzamento. Ele desce do veículo, se abaixa perto de um bueiro e parece jogar algo. Depois, entra novamente no carro e vai embora.
De acordo com o delegado, tudo indica que o homem na imagem é Jean. “Não é possível observar a placa do carro, mas dá para ver que é um Chevrolet Astra prata, mesmo modelo do carro de Jean. O homem que desce do carro tem a mesma compleição física do suspeito“, disse.
No bueiro, foram encontrados os celulares de Antônio Soares dos Santos e Helena Maria Marra dos Santos, pais de Jaqueline e também vítimas no triplo homicídio. Os aparelhos serão periciados.
“Nós já não tínhamos dúvidas de que o autor do crime é Jean Michel de Souza e agora estamos comprovando com provas técnicas“, explicou o delegado.
Jean segue preso em Campo Mourão, a 100 quilômetros de Umuarama.
Caso
A família foi morta à facadas num sobrado, fica na Avenida São Paulo, na Zona II, perto do Parque do Japão. Quem os encontrou foi a empregada doméstica, que chegava para trabalhar de manhã cedo. O casal Antônio Soares dos Santos e Helena Maria Marra dos Santos estavam na cozinha, na parte inferior da residência. Jaqueline estava morta em uma banheira, na parte de cima da casa.
Investigação
As investigações da Polícia Civil apontam que Jean esteve na casa onde aconteceu o crime horas antes dos homicídios, almoçando com a família no Dia dos Pais. A investigação aponta que ele teria retornado ao local mais tarde, momento em que o crime teria acontecido.
O Instituto de Criminalística detectou sangue no carro de Jean, na maçaneta esquerda (porta do motorista), volante e câmbio. Na casa da mãe de Jean, foram encontradas manchas de sangue no tanque de lavar roupas.
Já na cena do crime, teria sido encontrada uma pegada de um chinelo marcada a sangue, que seria compatível com o chinelo do suspeito. O depoimento da mãe de Jean também teria sido importante para a prisão.