Transexual que teve o cabelo raspado em cadeia de Arapongas recebe liberdade provisória

por Redação RIC.com.br
com informações da EBC
Publicado em 16 abr 2022, às 11h48. Atualizado às 12h01.

No dia 13 de abril, o Departamento Penitenciário do Paraná (Deppen) informou estar apurando denúncias de injúria e transfobia contra uma detenta transexual, na Cadeia Pública de Arapongas, norte do Paraná. No dia 4 de abril, ela teve os cabelos raspados e foi encaminhada à unidade masculina. Nesta quinta-feira (14), ela recebeu liberdade provisória assinada pela juíza Raphaella Rios.

Eloa Santos é natural de Belém, no estado do Pará. Ela foi transferida para a Cadeia Pública de Rio Branco do Sul, também na quinta-feira (14). De acordo com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o advogado Luiz Carlos de Lima Júnior, que representa Eloa, afirma que ela não tinha interesse em sair de Arapongas, por ser a única cidade do Paraná em que ela tinha uma amiga.

Importante esclarecer que o Deppen possui, desde 2019, uma portaria que regulamenta o atendimento à população gay, travesti e transexual (GTT) em privação de liberdade no sistema prisional. Ainda, o departamento conta com um Centro de Custódia Provisória de Mulheres e Transgêneros e Estudos da Violência do Paraná, unidade referência no atendimento deste público, localizada em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

consta na nota do Deppen, enviada na quarta-feira (13).

Conforme a Rede Lume de Jornalistas, Eloa, que foi presa por roubo, está em Rio Grande do Sul e deve ser liberada mediante uso de tornozeleira eletrônica. O processo penal segue até que haja sentença definitiva. As denúncias também seguem em investigação, com pedido oficializado pela juíza Raphaella Rios.