Suspeito diz que usou cartão de idoso atropelado como pagamento de dívida

Um idoso, de 81 anos, morreu após ser atropelado por uma ambulância, que transitava por uma canaleta de ônibus, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no bairro Hauer, em Curitiba, o acidente foi registrado em agosto deste ano. Enquanto estava sendo atendido por equipes do Samu, uma mulher roubou sua carteira. 

Conforme o delegado Rodrigo Brow, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), os valores dos gastos nos cartões da vítima chegam a R$ 10 mil.

“Meu avô estava entre a vida e a morte e a pessoa foi em um estabelecimento testar o cartão”, disse Bruno Benício, neto da vítima em entrevista a RICtv.

Os suspeitos prestaram depoimento na delegacia na segunda-feira (28), mas foram soltos. A defesa alega que eles estão arrependidos.

“Se meu pai fosse uma pessoa má eu não ‘tava’ nem aí, mas meu pai não era, meu pai era um homem de caráter, meu pai era um vizinho bom, meu pai ajudava todo mundo”, disse a filha da vítima.

Suspeito coloca culpa em mulher

De acordo com a Polícia Civil, a suspeita negou o crime e alegou que mexeu na carteira da vítima em buscas de informações de familiares do idoso.

“Inicialmente nós tivemos aquela moça que mexe na carteira nas imagens, ela se apresentou aqui ontem, negou os fatos, alegou que estava passando viu o acidente, chegou ali viu a carteira do senhor caída ao lado do corpo e que no momento teria pegado a carteira para localizar algum familiar para avisar sobre o acidente”, informou o delegado.

Já o homem suspeito de usar os cartões da vítima alegou que recebeu o cartão da mulher como pagamento de uma dívida.

“Ele prontamente alegou que quem passou o cartão para ele foi a moça que aparece nas filmagens, que ela teria uma dívida com ele, de um dinheiro emprestado de um tempo atrás e que ligou pra ele informando que faria a quitação da dívida através de um cartão de terceiros, aí repassou o cartão e a senha anotada num papel”, contou o delegado.

A família do idoso pede por justiça. “A questão não é financeira, nós da família somos trabalhadores, somos gente honesta e de bem. O financeiro nós vamos atrás. Ele teria que estar hoje preso. A Justiça, novamente, não emitiu um mandado de prisão”, disse o neto. Atualmente o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

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