Suspeito de fornecer armas à quadrilha que atacou empresa em Guarapuava está preso

por Giselle Ulbrich
com informações da Sesp
Publicado em 18 abr 2022, às 18h07. Atualizado às 18h36.

Um dos suspeitos de integrar a quadrilha que atacou uma empresa de transporte valores em Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, na noite de domingo (17) está preso. Ele foi localizado na cidade mesmo, em uma casa ainda durante a madrugada desta segunda-feira (18), por volta das 5h15, suspeito de articular o fornecimento de armas ao bando. Apesar da suspeita, ele não foi pego com as armas. Mas teve o celular e um notebook apreendidos para análise.

O homem detido é morador de Guarapuava e, segundo a investigação, a quadrilha é formada por cerca de 30 criminosos. O caso está sob apuração da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e o material coletado até o momento será cruzado com impressões digitais nos bancos de dados da própria polícia. Papiloscopistas estão coletando vestígios de impressões digitais em tudo o que foi apreendido e nos locais de crime.

Além disso, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que doze veículos usados pelos bandidos já foram localizados (quatro deles queimados e usados como barreiras pelos criminosos), além de nove armas (entre .50 BMG, 7,62, 5,56 e calibre 12 Combat); uma pistola Glock 9 mm com seletor de rajada; um carregador de AK 47; munições; capacetes e coletes balísticos; balaclavas, facas, celulares e lanternas; um par de placas de veículo sobressalente (EPS7D07); e R$ 1,4 mil em espécie.

A Polícia Militar (PM) empregou, nesta segunda-feira (18), 200 policiais para as busca de mais suspeitos na região. Três helicópteros também estão dando suporte à operação, assim como equipes com cães. E a PM conta ainda com a colaboração da população.

“Vamos seguir aqui até que o caso seja solucionado, garantindo tranquilidade à população de Guarapuava”,

afirmou o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná.

Crime

A quadrilha tentou isolar os policiais da cidade, colocando um caminhão em chamas na entrada do 16º Batalhão da Polícia Militar. Depois, tentaram atacar a empresa e valores e fizeram cordão humano com pessoas que estavam nas ruas e foram feitas reféns. Houve intensa troca de tiros e quatro pessoas ficaram feridas, entre elas, dois policiais. Um deles foi baleado na cabeça e está em estado grave. Mas a quadrilha fugiu sem levar nada da empresa.

A PM diz que já contava com um plano para ser usado em situações de risco. A estratégia consistiu em fechar as entradas do município, obrigando os criminosos a seguirem para a área rural. A ação fez com que os assaltantes, sem conhecimento das vias, se perdessem e abandonassem a cidade. Esta ação, diz a Sesp, é que impediu que os assaltantes tivessem sucesso na conclusão do roubo.