Soldado que apanhou por oito horas em curso da polícia comenta torturas

O policial de 34 anos, do Distrito federal, disse que chegaram a revezar para agredi-lo

por Guilherme Eduardo Morais
Com informações do Metrópoles e supervisão de Carol Nery
Publicado em 30 abr 2024, às 18h45. Atualizado às 18h56.

O soldado Danilo Martins, de 34 anos, que apanhou por oito horas no curso de formação do Patrulhamento Tático Móvel, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), comentou as torturas que sofreu no dia 22 de abril.

soldado que apanhou em curso de formação da polícia
O soldado percebeu a tortura quando não conseguia respirar: “achei que estavam testando meu limite” (Foto: Reprodução/Arquivo da vítima cedido ao Metrópoles)

Em entrevista ao jornal Metrópoles, Martins afirmou que os policiais chegaram a revezar para agredi-lo. “Eles cansaram de me bater. Saía um, ficavam dois e esses dois me fustigavam com tronco”, disse. 

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Além disso, o soldado contou que o objetivo dos superiores era que ele desistisse do curso. “O meu papel já estava preenchido, todo no Word, com meus dados. Ficava o papel toda hora na minha frente.”

Ele também detalhou a obrigatoriedade de ficar em posição de flexão. Também recebia chutes e pauladas na cabeça. Por isso, a vítima ficou internada por seis dias, sendo quatro deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e desistiu do curso.

A PMDF se manifestou mais de uma vez sobre o caso e, conforme nota, declarou que não admite condutas como essa e apura o caso do soldado que apanhou por oito horas.  

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