Sócio de laboratório é preso após transplante de órgãos infectados com HIV
O laboratório disse que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso
Foi preso um dos sócios do Laboratório PCS Saleme, responsável pela emissão de laudos que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes. Ele foi detido nesta segunda-feira (14), pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
As ação faz parte da primeira fase da operação “Verum”, conduzida pela Delegacia do Consumidor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que engloba ainda 11 mandados de busca e outros três mandados de prisão. Ao todo, 40 agentes participam da operação na capital fluminense e em Nova Iguaçu.
A sede do laboratório, em Nova Iguaçu, é um dos alvos das investigações, que buscam identificar os responsáveis pela emissão dos laudos. Segundo a polícia, a suspeita é de que haja outros casos envolvendo a empresa.
Ainda não há detalhes sobre os demais locais de busca e apreensão e nem a quem são endereçados os outros três mandados de prisão.
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“Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”, disse em nota o secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi.
Em nota enviada à Agência Brasil na sexta-feira (11), o laboratório disse que informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à fundação. Nesses procedimentos, segundo o posicionamento, foram utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O laboratório afirmou ainda que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso, um episódio “sem precedentes na história da empresa”. “O PCS Lab dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e seus familiares; e reitera que está à disposição das autoridades policiais, sanitárias e de classe que investigam o caso”, disse.