Revendedoras de carros são investigadas por esquema de golpes no PR; prejuízo ultrapassa R$ 1 milhão
A Polícia Civil de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) investiga o envolvimento de revendedoras de carros em esquemas de golpes pela internet. Segundo as informações apuradas pela RICtv, pelo menos 100 pessoas procuraram a polícia para denunciar um golpe de revenda de carros no município e o prejuízo das vítimas ultrapassa R$ 1 milhão.
Segundo as denúncias, os suspeitos entraram em contato com pessoas que colocaram seus veículos para venda em um site de anúncios. Eles diziam para as vítimas que tinham um comprador e pediam aos donos que levassem o carro na loja. Os acusados ficavam com os automóveis e segundo os autores da denúncia, prometiam os trâmites de negociação da venda por um valor da comissão, mas os carros eram vendidos e o dinheiro não era repassado.
De acordo com a reportagem do Balanço Geral Curitiba, na última terça-feira (16) alguns clientes receberam mensagens pedindo a eles que se apresentassem na loja para receber a quantia da venda, mas ao chegarem no local, a loja não existia mais e os carros não estavam mais lá.
A Polícia Civil desconfia que os donos das lojas não agem sozinhos. Os investigadores disseram para a RICtv que as fotos de alguns carros das vítimas aparecem em publicações nas redes sociais de outro estabelecimento como se estivessem sendo vendidos.
Os proprietários mandam mensagens para os clientes dizendo que os advogados entraram em contato para negociar com as vítimas. Os clientes relataram que esses advogados alegam que não estão trabalhando com as negociações das lojas de veículos. O Balanço Geral tentou contato com eles, mas não teve retorno.
O delegado de São José dos Pinhais, Fábio Machado, diz que novas vítimas estão procurando a delegacia alegando que são vítimas do golpe.
“Nós estamos verificando a documentação utilizada por esses clientes e pedimos anulação das transferências feitas por esses suspeitos. Sete pessoas foram indiciadas até agora, mas nenhuma procurou a polícia até o momento. Nós acreditamos que o valor das fraudes estão à cima de R$ 1 milhão”
diz o delegado.
Machado diz que essas pessoas envolvidas tem endereços registrados nos sistemas policiais e que elas serão intimadas nos endereços referidos para prestarem esclarecimentos sobre o assunto.
“Infelizmente, a prisão preventiva em casos estelionatos é feita somente em casos específicos. Eles vão responder por cada crime cometido. A pena por cada um desses crimes pode chegar a 5 anos de prisão”
finaliza Fábio Machado.
O delegado alega que as transferências foram feitas sem uma procuração das vítimas, utilizando documentos falsos para realizarem transferências no Detran. A Polícia diz que algumas dessas transferências já foram anuladas.