Rapaz que divulgou fotos íntimas de adolescente ficou só uma semana preso

por Mônica Ferreira
Com informações de William Bittar, da RIC Record TV Curitiba, e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 20 set 2021, às 18h26. Atualizado às 18h33.

Jhonas Carvalho Leite, de 21 anos, que foi preso em Curitiba por ameaçar, coagir e divulgar fotos íntimas da ex-namorada de 15 anos na internet, ficou apenas uma semana preso. Liberado da cadeia na semana passada – uma experiência que lhe pareceu traumática – levou o rapaz a dizer que está arrependido do crime.

No ano passado, a namorada de Jhonas não queria mais continuar o relacionamento e pediu para terminar. Porém Jhonas não aceitou o fim e passou a prejudicar a ex de diversas formas. Uma delas foi criando perfis falsos em redes sociais. Ele se passava pela garota e começava a conversar com outros homens. Divulgava o nome, telefone e até endereço da jovem, para que estes homens a procurassem para relacionamentos.

A família da jovem fez um boletim de ocorrência contra ele. Mesmo assim, Jhonas continuou a perseguição, tocando o interfone da casa da namorada diversas vezes ao dia, na tentativa de falar com ela.

Durante o namoro, os dois trocaram “nudes”, imagens sensuais e nuas de ambos. Jhonas mandou as imagens para os pais da ex, como forma de constrangê-la. Em entrevista ao Balaço Geral, ele relatou sobre o crime:

“Eu divulguei pra mãe dela assim que a gente terminou. Só mandei pra mãe dela pra mostrar as fotos que ela estava me mandando e a mãe ficar ciente disso. E a ameaça foi somente no calor do momento, que eu não queria perder ela. E acabou que eu falei pra ela que se ela não voltasse comigo, se a gente não reatasse, eu ia mandar os nudes pra mãe dela ver”,

afirmou Jhonas.

Bruna Araújo Camargo, advogada do rapaz, diz que o rapaz é réu primário, estuda, trabalha e tem todas as prerrogativas para responder o processo, que ainda não começou, em liberdade. Por isto conseguiram que Jhonas fosse liberado da cadeia.

“O máximo que ele pode responde são crimes de difamação e ameaça, que são crimes de menor potencial ofensivo”, explicou Igor José Ogar, que também defende o rapaz.

“Infelizmente ano passado eu não tinha a maturidade que tenho esse ano, não tinha a minha filha. Me arrependo, peço perdão. Aquele lugar (a cadeia) … não fui feito pra estar naquele lugar. Não sou vagabundo, não sou estuprador, e estive no meio de pessoas que tinham uma fama, que tinham feito coisas terríveis. Eu não deveria estar num lugar feito aquele”,

finalizou Jhonas.