Professor da rede estadual é afastado após denúncias de assédio
Justiça determinou o imediato afastamento das funções do professor; Secretaria da Educação afirma ter encerrado contrato de trabalho, que era temporário
Um professor da rede estadual de ensino foi afastado das funções por determinação judicial após denúncias de importunação e assédio sexual a alunas, em Califórnia, no norte do Paraná, na quinta-feira (12). Após o afastamento, dezenas de pais se reuniram em frente ao Colégio Estadual Talita Bresolin para protestar contra o professor e a direção da escola.
Com cartazes e gritos, os familiares das meninas que denunciaram os casos de assédio exigiram que seja feita justiça. Além disso, eles cobram rapidez na investigação das denúncias. De acordo com os pais das estudantes, já foram feitos no mínimo 20 relatos contra o professor ao Núcleo Regional de Educação. A maioria delas dizem respeito a situações recentes, mas os familiares relatam que existiram outros casos mais antigos. Assim, eles reclamam que a direção da escola demorou a se posicionar em relação aos casos.
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Conforme as denúncias, o professor de ciências tocava as alunas, inclusive nas partes íntimas, sem permissão. Todos os casos denunciados envolvem meninas com idade entre 11 e 14 anos.
Professor afastado foi contratado em processo simplificado
O professor foi afastado das funções por ordem do juiz Gabriel Kutianski Gonzalez Vieira, da Comarca de Marilândia do Sul. Conforme a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), o professor exerce o cargo temporariamente e foi contratado via Processo Seletivo Simplificado (PSS).
Procurada pela reportagem da RICtv, a direção da escola não quis se manifestar. Já a SEED se posicionou por meio de nota oficial, em que afirma repudiar “qualquer forma de assédio e que está comprometida com a proteção dos alunos”, e que o professor teve seu contrato encerrado.
Confira a nota na íntegra:
“O professor do Colégio Estadual Talita Bresolin, localizado em Califórnia, acusado de assédio, está afastado de seu posto desde quinta-feira (12), por ordem judicial, atendendo à determinação do Conselho Tutelar. A SEED_PR repudia qualquer forma de assédio e está comprometida com a proteção e bem-estar dos alunos. É importante ressaltar que o docente não integrava o quadro próprio do magistério (QPM) da rede estadual de ensino, mantinha vínculo com a instituição por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS), ou seja, seu contrato era de caráter temporário e passível de encerramento, como ocorreu no presente caso.
Devido à natureza do processo, que envolve menores de idade, as investigações estão correndo em segredo de justiça. Assim, não podemos fornecer detalhes adicionais sobre o caso neste momento. a SEED está acompanhando de perto a situação e colaborando com as autoridades competentes para garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas“.
Polícia Civil investiga o caso
Após o afastamento, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) assumiu as investigações do caso. Entretanto, como os possíveis crimes foram contra menores de idade, o processo será totalmente sigiloso.
A polícia também divulgou uma nota oficial falando sobre o andamento das investigações. “A PCPR instaurou inquérito policial e realiza diligências a fim de esclarecer os fatos. Por se tratar de um caso envolvendo menores de idade, a investigação corre em sigilo, conforme determina a legislação. Mais detalhes e entrevistas não serão concedidos no momento”, afirma a nota.
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