Policial civil de Londrina é suspeito de grampear telefone de ex-esposa do amigo advogado
Um investigador da Polícia Civil de Londrina, no norte do Paraná, é suspeito de ter grampeado ilegalmente o telefone celular da ex-esposa de um amigo advogado. O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandado de busca e apreensão e mandado de medidas cautelares contra o policial.
A ação é um desdobramento de investigações iniciadas em 2020, que buscam apurar possíveis associações criminosas entre policiais e advogados para a prática de corrupção ativa e passiva. Para o caso tratado nesta terça-feira (24), os dados telefônicos e de localização da ex-esposa do advogado teriam sido extraídos durante duas operações policiais que estavam em andamento na unidade de Londrina da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc).
O policial civil também teve afastamento imediato do cargo pelo prazo de 120 dias, mas deve continuar recebendo o salário. Caso as investigações caminhem, o afastamento poderá ser ampliado. Ele também está proibido de acessar repartições da Polícia Civil do Paraná.
Entre as demais restrições, o policial não pode manter contato pessoal, telefônico ou por meio eletrônico ou virtual com os outros investigados, vítima e testemunhas, bem como com policiais civis lotados no Paraná. Há exceção apenas exceto em situações de intimação para prestar depoimento.