Polícia investiga morte de criança com deficiência que foi encontrada com hematoma na cabeça no PR
A Polícia Civil investiga a morte de uma menina, de 11 anos, depois que o Samu foi acionado para atestar o óbito da criança em casa, na manhã deste sábado (24). A situação foi registrada no bairro São Vicente, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A vítima era uma pessoa com deficiência (PCD), com complicações neurológicas e físicas desde o nascimento, usava medicamentos contínuos e sonda.
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De acordo com informações da Polícia Militar, o Samu chegou ao local e encontrou a criança morta. A mãe da menina contou que a filha dormia no mesmo quarto que ela e que estava com tosse durante a noite desta sexta-feira (23). A mulher relatou que estava muito cansada e que pegou em um sono profundo, pois a menina estava tranquila. Ao acordar pela manhã deste sábado, no entanto, percebeu que a filha não estava respirando.
A mãe ligou para o Samu, que orientou os responsáveis a colocarem a menina no chão e fazerem massagem cardíaca para ver se a criança voltava a respirar. Apesar disso, ela não resistiu.
Mesmo com o relato dos pais, o médico do Samu decidiu acionar a polícia pois a menina estava com um hematoma na cabeça, segundo registro da PM. Ao repórter Erick Mota, da RICtv, a mãe da criança contou que a filha demorou para nascer e que isso ocasionou uma série de problemas de saúde. A casa da menina, que morava com a mãe, o padrasto e dois irmãos pequenos, era totalmente adaptada para ajudar nas dificuldades de locomoção da criança.
Os vizinhos também foram ouvidos pela RICtv e contaram que a família aparentava cuidar muito bem da criança, que a mãe saia todos os dias para passear com ela e que era sempre vista muito bem vestida. O corpo da menina foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para atestar a causa da morte, se aconteceu devido a alguma negligência, uso excessivo de medicamentos ou devido as complicações de saúde que a menina tratava.
Atualização
O delegado responsável pelo caso afirmou que não há indícios de que a situação se trate de homicídio e que a maior suspeita é de morte natural. “Estamos diante de um caso em que a criança tinha paralisia cerebral. Tinha 11 anos e usava fralda, uso de remédios controlados e não andava”, citou ele. “A investigação vai se pautar em elementos colhidos no local, que por sinal não indicam homicídio e, a princípio, morte natural”.