Perícia confirma falsificação de documentos por falsa dermatologista
A perícia confirmou a falsificação de laudos pela “falsa dermatologista”, Carolina Biscaia. A Polícia Civil apreendeu diversos documentos no consultório dela em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, e os resultados da perícia foram conhecidos na última quinta-feira (28).
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Pato Branco, Helder Lauria, foram encontrados documentos que apontavam diversos tipos de câncer para os pacientes, todos falsificados.
Falsificação de laudos pela falsa dermatologista era “grosseiro”
Segundo o delegado, em contato com o grupo RIC, os peritos classificaram algumas falsificações como “grosseiras”, pela falta de refino técnico na hora de alterar os documentos.
As investigações apontaram que a médica possuía folhas com diagnósticos de diversos tipos de câncer e ao receber os laudos dos laboratórios, ela recortava o diagnóstico falso e colava por cima do documento verdadeiro, antes de entregá-lo para o paciente.
Número de vítimas da médica subiu:
Além disso, o delegado Helder Lauria afirmou que o número de vítimas subiu para 31. A polícia vai ouvir todas as pessoas lesadas pela “falsa dermatologista” antes do depoimento da médica.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) puniu Carolina com a chamada “censura pública”. O procedimento do órgão divulga o nome de um profissional que não agiu dentro das condutas presentes no Código de Ética da profissão.
O CRM-PR afirmou que essa punição diz respeito ao fato de Carolina se apresentar como dermatologista nas redes sociais, sem ter especialização necessária. A produção de laudos falsos pela médica está em investigação por meio de um processo interno no conselho.
O que diz a defesa da dermatologista?
Em nota, a defesa da médica acusada informou que aguarda as conclusões oficiais e que não vão se manifestar sobre “especulações” para não interferir na investigação. Veja na íntegra:
“Vamos aguardar as conclusões oficiais e, portanto, não vamos comentar sobre especulações que podem interferir na investigação. Ressaltamos que o caso continua em sigilo judicial”.
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