Paranaense suspeito de matar família no Japão pode entrar na lista de procurados da Interpol
A polícia de Osaka, no Japão, pediu para a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) incluir o nome do paranaense Anderson Barbosa, de 33 anos, na lista de procurados, nesta quarta-feira (7). Ele é suspeito de matar a esposa e a filha no apartamento em que viviam, entre os dias 20 e 21 de agosto. Caso o pedido seja aceito, o suspeito poderá ser procurado pela Polícia Federal (PF) brasileira.
Takafumi Yamaguchi é jornalista japonês e veio para o Brasil cobrir o caso, ele afirma que “a polícia do Japão quer deter o Anderson, então finalmente conseguiram fazer um pedido de lista vermelha a Interpol”.
Após o suposto crime, ele veio para o Brasil, onde morou antes de se mudar para o Japão, de acordo com o advogado de defesa do suspeito, Hélio Venâncio. Segundo o advogado, nesta sexta-feira (2), os dois já entraram em contato com a PF.
Porém, ele alega que o órgão teria falado que “não havia nenhum documento, nada da embaixada japonesa no Brasil, do Ministério das Relações Interiores que autorizasse a receber Anderson”.
Entenda o caso
Manami Aramaki, de 29 anos, e Ririi Aramaki, de 3 anos, foram encontradas mortas no apartamento em que a família vivia, no dia 24 de agosto, em Osaka, no Japão. Os corpos foram encontrados após a família de Manami acionar as autoridades, porque não conseguiam entrar em contato com a vítima.
De acordo com a polícia japonesa, o assassinato teria acontecido entre os dias 20 e 21 de agosto. Anderson Barbosa, de 33 anos, é o brasileiro marido da vítima, e suspeito pelo crime. Ele foi visto no Aeroporto Internacional de Narita registrando embarcando, no dia 22 de agosto.
No dia 1º as autoridades divulgaram as características do suspeito para ajudar a encontrá-lo. Os advogados de defesa de Anderson são de Cambé e Londrina, cidade onde ele morava no Brasil.
Na última sexta-feira (2) o advogado Hélio Venâncio afirmou que estão negociando com a Polícia Federal o “momento mais adequado para ele se apresentar”, tendo em vista que, por ainda não estar na lista de procurados da Interpol, não pode ser procurado pela PF do Brasil.
Autópsia
A autópsia de Manami Aramaki e Riri revela que elas tinham mais de 10 perfurações pelo corpo, principalmente na parte de cima, órgãos vitais como coração e pulmão foram atingidos.
De acordo com este exame, foi possível concluir que as mortes teriam acontecido entre os dias 20 e 21 de agosto. Além das perfurações, Manami tinha marcas de agressões no rosto. As informações foram apuradas pelo Domingo Espetacular.