Pai nega que abusou de filha que estava desaparecida em Curitiba: “Grande decepção”

"No começo, eu meio que não entendia o que estava acontecendo", disse a jovem em entrevista à RICtv

por Jonathas Bertaze
com informações de Tiago Silva, da RICtv
Publicado em 18 set 2024, às 21h45. Atualizado em: 19 set 2024 às 14h07.
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O pai da jovem, que estava desaparecida em Curitiba, apareceu e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, da Polícia Civil, acusando o próprio pai de estupro, negou que tenha abusado da filha, de 21 anos. Segundo a vítima, os abusos começaram quando ela tinha apenas 10 anos e se prolongaram por mais de uma década.

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A jovem estava desaparecida e preocupou familiares (Foto: reprodução / RICtv)

Além do pai negar as acusações da filha, a defesa do suspeito alegou à RICtv que se trata de um caso de “palavra contra palavra”. O advogado da vítima já conseguiu uma medida protetiva e espera pela prisão do pai. A delegada responsável está investigando o caso.

“Uma grande decepção e uma grande inverdade o que ela falou. Se eu tivesse feito alguma coisa que ela falou, eu não estaria aqui dando a minha cara e não tinha ido atrás dela, que nem eu fiz na semana toda, para encontrá-la, resgatá-la e trazê-la de volta para o lar. Nunca abusei sexualmente dela”, afirmou o pai.

O advogado Igor José Ogar, que defende o suspeito, relatou que “acredita na palavra do cliente, que se diz inocente”. Ainda, em nota, afirmou que fará uma defesa técnica, e tentará provar a inocência do seu constituinte.

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Em entrevista à RICtv, a jovem relatou que fugiu de casa após anos de sofrimento e que o pai nunca parou de assediá-la, tanto dentro quanto fora da residência. As agressões, segundo ela, ocorriam com frequência e em diferentes locais.

“No começo, eu meio que não entendia o que estava acontecendo. Eram dez anos, o que eu poderia entender daquilo? Ao longo do tempo que eu fui sabendo, o que era uma coisa que não estava certa, mas na cabeça dele sempre esteve certo e foi normal”, disse a moça.

“A maior parte do que eu sofri não foi em casa, mas sim, no carro, porque era eu e ele, não tinha como ter outras pessoas. Aqui em casa, ele se aproveitava quando minha mãe estava tomando banho. Se tudo o que eu passei, eu não quis falar para ninguém, foi por questão de preservar a família. O meu amor pela minha mãe e meu irmão, existe. Se eu aguentei tudo o que aguentei, foi por esses dois”, complementou.

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Imagens de câmeras de segurança mostram a moça saindo de casa e entrando em um ônibus, no que seria a última tentativa de escapar da situação.

A jovem, por sua vez, busca justiça e espera que o pai seja condenado.

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