Operação combate revenda irregular de vinhos na fronteira com Argentina
Na manhã desta quarta-feira (14), a Receita Federal e a Administración Federal de Ingresos Públicos (Afip), órgão responsável pelo controle aduaneiro na Argentina, apreenderam grande quantidade de vinhos, durante a segunda edição da Operação Dionísio, desenvolvida na fronteira do Brasil com a Argentina. Participaram da ação várias forças de segurança.
A Receita Federal selecionou os alvos da segunda fase da operação, baseado em dados coletados durante a primeira edição da Operação Dionísio e em investigações realizadas ao longo dos últimos meses, que permitiram a localização de depósitos, transportadoras e lojas que infringiram a lei em suas atividades.
No lado argentino, a Afip realizou fiscalizações junto aos revendedores de vinhos e depósitos para conferir a regularidade dos produtos a serem exportados, utilizando até mesmo um laboratório móvel para conferir a legitimidade das bebidas.
Os dados oficiais da quantidade de produtos apreendidos nesta fase da operação, serão repassados em entrevista coletiva, ainda nesta quarta-feira. Segundo a Receita Federal, apenas no mês de agosto, foram apreendidas mais de 30 mil garrafas, e cerca de 80 veículos retidos, um número considerado recorde.
Grande parte dos vinhos apreendidos são de alto valor agregado, a somatória somente na cidade de Dionísio Cerqueira (SC), passa de R$ 6 milhões. Nacionalmente, os dados contabilizados pela Receita apontam mais de 140 mil garrafas apreendidas.
Em números
A apreensão de vinhos na região de fronteira com a Argentina tem crescido com o passar dos anos. Em 2018, foram apreendidas cerca de 45 mil garrafas de vinho no País.
Em 2021, este número saltou para cerca de 595 mil, um valor total de cerca de R$ 90 milhões. Deste total, cerca de 27 mil foram apreendidas durante a primeira edição da Operação Dionísio, realizada nos cinco primeiros dias de março de 2021.
Com o apoio dos órgãos de segurança parceiros, a Receita Federal realizou, ao longo do ano de 2022, ações direcionadas em depósitos, lojas, transportadoras e agências de correio, além de abordagens nas estradas do Paraná e Santa Catarina.
Nos dois estados, foram apreendidas mais de 113 mil garrafas neste ano, algumas com valor de revenda no varejo próximos a R$ 2 mil, atingindo um valor estimado de R$ 9 milhões.