Natasha, travesti morta em Londrina (PR), teria sido assassinada por vingança, explica delegado
Investigações da Polícia Civil deram conta de que Natasha, travesti assassinada em Londrina, foi morta por vingança, e não por homofobia. O delegado João Reis informou que houve uma briga no dia anterior ao crime, terça-feira (29), entre Natasha e Alexandre Silva Daniel, acusado pela morte.
Na terça-feira (29), por volta das 22h40, Alexandre passava pela rua Cabo Verde e presenciou uma confusão entre o grupo de amigas de Natasha e outro homem não identificado. Ao perceber que ele observava a situação, o grupo tentou agredi-lo e o perseguiu até a Av. Leste Oeste. Alexandre usou o carro para tentar atropelar Natasha e deixar o local.
No dia seguinte, quarta-feira (30), Alexandre voltou ao mesmo lugar, chamou Natasha e disparou contra seu corpo. A travesti morreu com um tiro no peito. Alexandre também foi morto, em seguida, depois de fugir pela BR-369 e se envolver em uma troca de tiros com a Polícia Militar.
“Do grupo que estava no dia anterior, só estava Natasha. Ele percebe que ela está lá, mesmo que ela tenha mudado a cor de cabelo. A Natasha foi até o veículo, mas não reconheceu o veículo […]. No dia anterior ele foi com uma caminhonete”,
explica o delegado João Reis.
Essas informações foram apuradas pelos investigadores por meio de imagens de câmeras de segurança. O caso segue em investigação e com outros depoimentos para serem colhidos, mas a vingança como motivação segue sendo a linha principal.