Motorista de aplicativo perde movimento das mãos após assalto, em Londrina
Um motorista de aplicativo perdeu o movimento das mãos após ser agredido em um assalto cometido por um passageiro enquanto realizava uma corrida de Ibiporã para Londrina, no norte do Paraná. Agora, Esley Júnior depende da mãe para realizar atividades básicas, como beber água e tomar banho. O caso ocorreu no dia 3 de junho.
Segundo a vítima, quando eles já estavam a 600 metros do ponto de partida, o passageiro anunciou assalto com uma faca em seu pescoço. O homem queria levar o carro e também receber um pix. Como reação, o motorista bateu na mão do agressor, que estava com a faca, o que causou um ferimento em sua orelha.
Depois, ele foi para o banco de trás e segurou contra a lâmina da faca. Ele conta como foi na hora em que teve suas mãos feridas.
“Eu nem percebi que estava segurando a lâmina, no escuro, adrenalina, eu fui segurando e apertando. Eu só percebi quando cordão o tendão, as duas mãos amoleceram (…)”
contou Esley Júnior
Após perder a força das mãos, ele desceu do carro e foi perseguido. O agressor foi atrás do homem, mas fugiu quando outro motorista estacionou o carro no encostamento. Foi quando, finalmente, ele recebeu ajuda, e a Polícia Militar foi acionada.
“(…) Se ele não quisesse me matar ele não ia vir atrás de mim. O desespero de eu tá ali sem conseguir mexer minha mão correndo e ele vindo atrás de mim, nossa é coisa horrível”
disse a vítima
- Leia também: VÍDEO: Carro invade loja e cliente escapa por pouco
Desde então, a rotina do motorista mudou completamente. Ele não pode mais trabalhar como motorista de aplicativo, que era sua única fonte de renda. Além disso, perdeu completamente a autonomia.
Como se prevenir
Leandro Ramos, especialista em segurança, existem algumas ferramentas que contribuem para a segurança dos motoristas. Um exemplo é a parada inesperada, uma ferramenta que, ao perceber o desvio de rota, envia um SMS para o motorista e o passageiro.
“Por exemplo, a parada inesperada, assim que o veículo para em algum lugar que não está no trajeto, tanto o passageiro, tanto o motorista recebem um SMS, mas esse SMS, na minha opinião deveria sair para uma central externa, e aí sim passar a monitorar esse veículo, alarmando a segurança pública local, para que possa gerar desmotivação nesse tipo de crime (…)”.