Morte de família eletrocutada no PR: veja tudo que se sabe 3 dias após acidente

Publicado em 7 fev 2024, às 09h38. Atualizado às 09h47.

A família que morreu eletrocutada em uma chácara de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi sepultada na tarde de terça-feira (7) no município de Itaperuçu. Roseli Santos e os filhos dela, Emily Santos, de 23 anos, e o adolescente Agner Coutinho, de 17 anos, morreram na tarde deste domingo (4).

Cerca de 40 pessoas estavam na chácara, que cobra diária para uso dos quiosques e da piscina do local, neste domingo. Roseli e os familiares chegaram por volta do meio-dia de domingo e, com o calor, cerca de 15 pessoas, parentes, decidiram se refrescar na piscina, que fica embaixo de fios de alta tensão. O tempo fechou, no entanto, e um galho de pinheiro rompeu um cabo de energia elétrica de alta tensão durante o temporal, que registrou ventos de cerca de 60 km/h.

O que diz o delegado

O delegado Gabriel Fontana, de Rio Branco do Sul, confirmou que o cabo de energia elétrica que caiu na piscina já havia se rompido anteriormente. O proprietário do local havia comentado sobre a suspeita de se tratar do mesmo fio de alta tensão, fato que foi relatado por uma perícia realizada nesta segunda-feira (5).

“As informações preliminares que vêm da perícia, ainda pendentes de confirmação com o laudo, dão conta de que este cabo já havia sido rompido anteriormente, inclusive fato este confirmado pelo proprietário da chácara. Este cabo havia se rompido e foi feita uma emenda nele. A descarga elétrica, conforme as informações preliminares do laudo, com a queda de um galho, fizeram com que ele se rompesse novamente onde havia esta emenda. Pendente ainda com a confirmação do laudo”, explicou o delegado.

Chácara é fechada em definitivo

A prefeitura de Rio Branco do Sul ressaltou que o parque aquático funcionava de forma irregular. O delegado verificou que, em outubro do ano passado, a filha do proprietário da chácara abriu um CNPJ de MEI como piscineiro, atividade que não requer alvará de funcionamento. Por ser registrado como MEI, o parque aquático não passava por fiscalização.

Em postagem de luto, o parque aquático expressou condolências às famílias e amigos de Roseli Santos e dos dois filhos, Emily dos Santos, de 23 anos, e Agner Coutinho, de 17 anos. Além disso, o ‘Piscinas Cavassin’ reafirmou o compromisso de “oferecer todo o suporte necessário à família afetada e em colaborar plenamente com as autoridades e com a concessionária de luz para esclarecer os fatos e evitar que tragédias como esta voltem a acontecer em qualquer outro local”.

“Comunicamos, ainda, o fechamento definitivo de nosso espaço, pois não há mais condições psicológicas e mentais de todos que aqui representamos seguirem com atividades”, citou o anúncio nas redes.

Vítimas recebem alta hospitalar

Das nove pessoas que ficaram feridas neste incidente, oito tiveram alta hospitalar entre a segunda-feira (5) e a terça-feira (6).

Leonardo, que também estava na piscina e era companheiro de Roseli da Silva Santos, uma das vítimas da tragédia que aconteceu no último domingo (4), deixou o hospital em que estava internado por opção própria, mesmo sem a liberação dos médicos.

Segundo informações apuradas pelo Grupo RIC, Leonardo pediu alta do hospital para conseguir ir ao velório de Roseli e dos dois filhos da mulher, Emily Raiane Lara dos Santos e Agner Kauan Santos Coutinho. O velório acontece em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba.

No velório, Leonardo disse que mesmo sem a liberação dos médicos, o homem assinou uma carta no hospital para provar que tomou a decisão de sair dos cuidados médicos por conta própria.

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