Homem é suspeito de matar companheira grávida com corte na barriga em Curitiba

por Redação RIC.com.br
com reportagem de Ricardo Vilches da RIC Record TV, Curitiba
Publicado em 6 fev 2020, às 00h00. Atualizado em: 4 jul 2023 às 13h42.

O assassinato de uma mulher grávida que foi encontrada morta, nesta quarta-feira (5), dentro de uma casa em construção na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) pode ter contornos ainda mais assustadores do que a cena do crime já indicava: o principal suspeito é o companheiro da vítima e pai da criança que ela estava esperando. (Veja reportagem abaixo)

Rosemary dos Santos, de 39 anos, vivia na residência, localizada Rua Lauro Schereiber, Vila Sabará, com seu marido, o pedreiro responsável pela obra, há cerca de 15 dias. Segundo o proprietário do local, que havia permitido que os dois morassem ali provisoriamente, ele estranhou a ausência de ambos e, por isso, decidiu ir até lá. 

Na manhã de quarta, após chamar pelo casal e não ser atendido, ele chegou a entrar, mas quando viu a mulher ‘dormindo’ um colchão, resolveu ir embora. Mais tarde, já no início da noite, retornou e quando percebeu que Rosemary continuava na mesma posição, ainda coberta com a um manta, desconfiou que havia algo errado. Assim que puxou o acolchoado, ele se deparou com a vítima morta com inúmeros cortes, um deles, iniciava perto do pescoço e terminava no umbigo

Segundo a perícia, ela foi morta pelo menos quatro dias antes de ser encontrada. 

Relacionamento abusivo

Uma familiar, que prefere não se identificar por medo, explica que Rosemary sempre viveu um relacionamento abusivo e costumava apanhar do marido. “Ele sempre batia nela, na rua, no bar. Teve um dia ali no bar que o pessoal bateu nele porque ele bateu nela, o pessoal do bar espancou ele”, lembra. 

Em uma das ocasiões, a mulher chegou a registrar um boletim de ocorrência e a Justiça emitiu uma medida protetiva contra o suspeito. No entanto, ainda conforme a parente, era a própria Rosemary que não queria colocar um fim no casamento

“A gente defendia ela e no momento em que a gente defendia, ela já estava junto com ele. Apanhava e voltava, ela vivia cheia de hematomas. Conselho eu dava, mas ela não acatava. Ela preferia apanhar do que largar dele”, declara.  

O suspeito é procurado pela polícia.