Mãe de jovem morto diz que ele já pressentia: “estava chegando a hora”
Guilherme Gonçalves, de 20 anos, assassinado na tarde de quinta-feira (14) e deixado em uma estrada rural entre Londrina e Cambé, no norte do Paraná já pressentia que algo de errado aconteceria. Ele dizia que “estava chegando a hora e não tinha mais medo de morrer”, segundo sua mãe.
“Ele era depressivo, desde quando o pai faleceu, mas era muito calmo, não se abria comigo, tanto é que eu não sabia o que passava na cabeça dele. Mas comigo ele era carinhoso, amoroso, só pensava em mim. Me defendia com unhas e dentes”,
explica Adriana Gonçalves da Silva, mãe de Guilherme.
Guilherme trabalhava com crianças e não tinha passagens pela polícia. De acordo com Adriana, ele estava depressivo, de cabeça baixa e triste há algumas semanas. Quando ele saiu de casa, disse que ia até um shopping e não voltou.
“Foi uma emboscada para ele. Eu só sei que ele saiu falando para mim que tinha marcado encontro com a pessoa para ir no shopping e mais nada. Ele saiu 11h e pouquinho da manhã e antes de aparecer o nome dele eu senti, em mim, o tiro. A hora que ele levou o tiro eu senti”,
comenta.
Entenda o caso
No início da tarde de quinta, a Polícia Militar (PM) havia sido acionada para verificar a movimentação de dois carros em atitude suspeita na antiga Estrada da Warta. Chegando no local, encontraram o corpo de Guilherme, com várias marcas de tiros.
Segundo uma testemunha que viu o crime de longe, a vítima estaria no banco do passageiro de um dos carros, conduzidos por mulheres, e foi forçada a sair do veículo por um homem escondido no porta-malas. Do lado de fora, o jovem teria sido posto de joelhos, assassinado e deixado no local.
O crime é investigado pela Delegacia de Cambé. A polícia sabe que ao menos três pessoas estão envolvidas.