Ladrões invadem UBS e tentam furtar doses da vacina contra covid-19, em Porecatu
Ladrões entraram na Unidade Básica de Saúde Maria Cristina, na Vila Congo, em Porecatu, norte do Paraná, na madrugada desta quinta-feira (29). A tentativa de furto de doses da Coronavac pode ter gerado perda de aproximadamente 1.000 doses da vacina.
De acordo com informações do município, indivíduos entraram no prédio e abriram o freezer que abriga frascos de vacinas contra Covid-19 e outras doenças. Os criminosos não conseguiram identificar o nome das doses e desistiram de levar, mas os frascos foram deixados para fora, com a porta do freezer aberta.
A Polícia Civil confirmou que frascos de outras vacinas, como da tríplice viral, foram levadas pelos criminosos.
Na ação, 50 frascos da Coronavac ficaram expostas à temperatura incorreta, podendo perder a eficácia. Essa quantidade totalizaria 1.000 doses que seriam aplicadas nos moradores da cidade.
As vacinas, tanto do coronavírus quanto de outras doenças, devem passar por análise pela 17ª Regional de Saúde para testar se ainda possui eficácia, mesmo após ficarem em situação irregular.
A UBS não tem câmeras de segurança e funcionários reclamam da falta de segurança do posto de atendimento. Foi constatado, que os ladrões arrombaram as portas da unidade usando pés de cabra, que foram deixados para trás.
Em entrevista ao Balanço Geral de Londrina, Fábio Andrade, prefeito da cidade, lamentou o ocorrido. “É lamentável que existiam no freezer também outras vacinas, vacinas de preço até considerável. Isso traz um problema para a sociedade de Porecatu.”
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), informou que o órgão irá monitorar a situação e aguardar a avaliação do Instituto Nacional de Controle Qualidade Saúde (INCQS). Veja na íntegra:
“O Protocolo do Programa Nacional de Imunizações aplicado nos casos de desvio de qualidade, ou excursão de temperatura é de que o caso deve ser notificado pelo município e inserido no sistema de informação da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNI / DEIDT / SVS).
Após isso, a Sesa monitora e aguarda a avaliação do INCQS – Instituto Nacional de Controle Qualidade Saúde.”