Investigação revela perfis genéticos de suspeitos de ataque em Guarapuava, diz secretário
O secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, esteve na manhã desta quarta-feira (22) na sede do Grupo RIC, em Curitiba. Nos estúdios da rádio Jovem Pan, Mesquita participou do Jornal da Manhã Paraná e revelou aos jornalistas Marc Sousa e Beatriz Frehner detalhes sobre a investigação do ataque em Guarapuava.
De acordo com o secretário, um trabalho da Polícia Científica do Paraná já permitiu identificar o perfil genético de 11 suspeitos de envolvimento. Os materiais foram coletados no dia do crime, logo após os ataques na região central do estado.
“A investigação tem feito grandes avanços principalmente com apoio da Polícia Científica. Os vestígios que foram coletados no dia do crime possibilitaram a Polícia Científica a identificar 11 indivíduos, inclusive uma feminina. Então já temos hoje o perfil genético definido de 11 pessoas que participaram daquele evento. Em um primeiro confronto, que já houve de material genético em São Paulo, nós já identificamos seis. Um está preso e outros cinco, ainda estamos confirmando, mas são também indivíduos presos. Então temos a possibilidade de seis indivíduos que participaram daquela ação, que estimamos em 30, já estarem presos em SP”,
destacou Mesquita.
Outras abordagens da polícia durante o processo de investigação também resultaram em coleta de material genético. Recentemente, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, os agentes descobriram uma residência que servia como um “QG da quadrilha”. No local foram encontrados veículos e papéis com anotações com referência ao ataque. Estes materiais foram coletados e serão analisados pela Polícia Científica.
“A PM há duas semanas identificou um local aqui em SJP que foi utilizado para preparação desta ação, muito provavelmente. Tinha um carro blindado roubado, uma moto, alguns apontamentos a caneta que fazem menção ao caso de Guarapuava. Então nesta casa, a perspectiva é que vamos coletar muito material genético. A troca de informações com SC e SP tem sido uma constante, então vamos avançar bastante nesta investigação”,
completou o secretário.
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Retomar protocolos
O secretário Wagner Mesquita, que está em segunda passagem pela pasta, revelou que em 2015 o estado também contava com problemas em relação a ataques de quadrilhas especializadas. Segundo Mesquita, protocolos foram adotados na época e reduziram o número de ocorrências.
“Na minha primeira passagem já havia esse problema dos caixas eletrônicos, e isso demanda uma investigação complexa […] Naquela época fortalecemos o departamento de inteligência e algumas unidades que atuavam no estado inteiro, e conseguimos aí paulatinamente, efetuar operações e tirar de operações quadrilhas. De um tempo para cá, e aí há de se confessar, eu acredito que não foi só o Paraná, todo mundo baixou a guarda um pouco. Houve uma diminuição de mais de 80% nas ocorrências naquela época”,
declarou.
Confira a entrevista completa com o secretário na rádio Jovem Pan: