HC é acusado de omitir socorro e impedir Samu de atender mulher passando mal

por Redação RIC.com.br
com informações de Tiago Silva, da RICtv
Publicado em 18 mar 2022, às 15h20. Atualizado às 18h26.

Uma família acusa o o Hospital de Clínicas de Curitiba de omissão de socorro para uma mulher que estava passando mal. Os familiares alegam que a vítima estava como acompanhante da mãe, que estava internada no local. O caso foi registrado na madrugada desta sexta-feira (18).

Em entrevista para a RICtv, a irmã da vítima conta que a mãe passou por uma cirurgia. Conforme o relato da familiar, sua irmã se sentiu mal e chegou ao ponto de se jogar no chão, por causa das dores. Ao acionar o socorro, a vítima teria sido informada pelos enfermeiros que não poderia ser atendida pela equipe e que segundo o protocolo do local, ela teria que ser retirada do hospital, procurar uma Unidade de Pronto Atendimento, para ai sim ser atendida.

A família diz que os funcionários recomendaram que um familiar fosse buscar a acompanhante que estava passando mal. A paciente então ligou para sua irmã, que acionou a Polícia Militar (PM) assim que chegou no local.

O Hospital de Clínicas é acusado também de fechar as portas e impedir atendimento a paciente, sendo necessário um policial arrombar o cadeado para que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pudesse socorrê-la.

A paciente foi levada a uma UPA e de acordo com seus familiares, seu quadro foi avaliado como grave e que precisaria ser encaminhada a um hospital. Ela então retornou ao Hospital de Clínicas, onde permanece internada.

Hospital diz que a situação não era urgente

Em nota encaminhada pela assessoria de imprensa, o Hospital de Clinicas informa que a visitante realmente passou mal e que foi acionada a equipe de resposta rápida, onde foi realizada a primeira triagem. O hospital disse que a situação não era de urgência e emergência. Veja a nota:

O Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR/Ebserh informa, sobre o atendimento à acompanhante que passou mal na instituição nesta madrugada:

Foi prestado o atendimento inicial pelo Time de Resposta Rápida do Hospital;

A paciente foi encaminhada para observação em nossa Unidade Referenciada e está sendo acompanhada por nossas equipes;

A entrada da Unidade referenciada ocorre pela portaria dos ambulatórios.

A porta, cujo cadeado foi arrombado, e que aparece no vídeo, é secundária, e encontra-se temporariamente com um tapume de madeira e corrente por ter tido uma de suas folhas quebradas. No entanto, não é a principal, e nem a única área de ingresso e saída do espaço.

O advogado da paciente relata que tem um relatório do Samu, dizendo que ela não foi atendida pelo hospital e que vai cobrar o local para que não aconteça com outros pacientes.