Sistema de clínica de Curitiba é invadido e fotos de pacientes nus vazam

Clínica de Curitiba procurou a polícia e registrou Boletim de Ocorrência após extorsão.

Publicado em 1 maio 2024, às 05h05.

Uma série de ataques cibernéticos a clínicas de cirurgia plástica e de saúde sexual resultou na divulgação de fotos de milhares de pacientes pelo Brasil. Uma das unidades atingidas é de Curitiba. Segundo informações da própria instituição com sede na capital paranaense, hackers tiveram acesso a imagens de homens e mulheres pelados, prontuários médicos, além de dados pessoais como identificação e contas bancárias.

Clínica afirma que cotnratou um perito para descobrir se as fotos foram divulgadas (Foto: Reprodução/ Wired)

Também segundo o empreendimento, não há informações de que fotos de pacientes que fizeram tratamento em Curitiba chegaram a ser divulgadas nas mídias digitais. No dia 19 de abril, o grupo criminoso Qiulong reivindicou a autoria dos fatos, mas ainda não é possível assegurar quem foi o responsável pela invasão.

Além de obterem dados sigilosos, os invasores também divulgaram as imagens privadas, coletadas no Rio Grande do Sul e em Minas Geiras, em sites clandestinos de pornografia na deep web, região de díficil acesso e controle na internet.

Procurada pelo Grupo RIC, a clínica de Curitiba que sofreu a invasão cibernética divulgou nota afirmando que a situação ocorreu no dia 06 de dezembro de 2023. O crime foi percebido porque os próprios invasores passaram a extorquir o dono do estabelecimento.

De acordo com a clínica, os hackers cobravam valores em criptomoedas em troca da restituição da documentação médica. “A extorsão ocorreu por meio de contas falsas na rede social Instagram e de um e-mail de origem desconhecida, com hospedagem fora do país. Importa registrar que, à época, a extorsão ocorreu com imagens que não pertenciam aos pacientes da instituição”, explicam.

Assim que as ameaças começaram, o dono da unidade de tratamento registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do Paraná (PCPR), para que as autoridades passassem a investigar a situação. “Ainda, foram movidas providências judiciais para tentar descortinar a autoria da prática criminosa, as quais tramitam sob sigilo absoluto”, diz a nota enviada ao Grupo RIC.

Além de procurar a polícia, a clínica também informou o caso à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).

Por fim, o estabelecimento médico reforça que contratou um perito para analisar se alguma informação sensível de pacientes foi publicizada pelos hackers e que, caso a resposta seja positiva, os pacientes afetados serão devidamente comunicados.

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